Trabalho não é sofrimento: analise o sentido dele em sua vida

O trabalho é propício aos relacionamentos e ao conhecimento das próprias forças e limitações

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Desde os tempos mais remotos, as pessoas já ligavam trabalho à punição. Em latim, trabalho significa tripaliare, que vem de tripalium, que é um instrumento de tortura, conta a consultora do IDORT/SP, Eliane Rosim, especialista em recursos humanos e desenvolvimento organizacional.

Entretanto, o trabalho não pode ser visto como uma penalidade. Pelo contrário, ele deve fazer sentido ao profissional. De acordo com um estudo desenvolvido pela pesquisadora Estelle Morin, doutora pela Universidade de Montreal e professora da École dês Hautes Études Commerciales (HEC de Montreal), o indivíduo tem necessidade de enxergar significado no que faz.

Afinal, o trabalho é muito mais do que um meio de sobrevivência. Ele é propício aos relacionamentos, ao desenvolvimento do sentido da vida para o ser humano, à perseguição de desafios e ao conhecimento das próprias forças e limitações.

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Tanto que, em seus levantamentos, Estelle concluiu que a maioria das pessoas que tivesse meios de viver confortavelmente para sempre, sem trabalhar, optaria por se manter na ativa. É uma forma de se sentir parte integrante da sociedade e de ter uma meta a ser perseguida na vida.

Uma visão histórica do trabalho

Eliane explica que a perda do sentido do trabalho começou com o aumento da produção nas empresas. “Com isso, surge a escola clássica da administração e a teoria taylorista, que se baseia em estudos de tempo e divide o trabalho em partes menores, com o objetivo de obter eficiência. A natureza do trabalho passou a ser simples e repetitiva, facilitando o controle por parte das empresas”.

O problema disso é que o trabalhador perdeu a noção do todo. Ele realiza seu trabalho, mas sem saber o porquê e sem conhecer o produto final. Começa o processo de alienação, que tem como resultado a desmotivação. “Afinal, o fruto do trabalho não é mais do trabalhador, é do empresário que vende o produto e fica com o lucro”, diz.

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A alienação aumentou com o distanciamento da chefia e a criação de cargos intermediários que serviam de ponte entre a diretoria e os funcionários. Daí surge a questão: por que estou fazendo isso? “Se não compreendemos o sentido da nossa ação, assim como o produto do trabalho não é nosso, é difícil dedicarmo-nos com empenho a qualquer tarefa”, explica a especialista em desenvolvimento organizacional.

Agregue significado à rotina

Felizmente, há meios de contornar essa alienação. Na opinião de Eliane, o que fornece sentido ao trabalho é o propósito pelo qual ele é executado. Cabe à chefia da empresa mostrar o quanto a atividade desenvolvida por cada um, mesmo pequena, é parte essencial do todo. A valorização é um meio claro de motivar as pessoas.

Portanto, é importante que o líder ofereça:

O profissional, por sua vez, deve: