Trabalho: aparência pode garantir sobrevivência no mercado, e o custo é alto

Visual impecável e custo para manter-se bem informado sobre o que acontece ao seu redor consomem boa parte do salário

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A imagem é tudo no mundo corporativo? A resposta é, praticamente, sim. Desde a primeira entrevista no processo seletivo, até a garantia de sua permanência no mercado de trabalho, estar sempre bem vestido já se tornou questão de sobrevivência. O problema é que o investimento custa caro…

Moda que dura 200 anos

Definitivamente, a combinação calça, paletó, camisa e gravata não é nada nova. Especialistas de moda estimam que esta tendência entre empresários e executivos já dura pelo menos 200 anos.

Neste sentido, ao contrário do que acontece com jovens e mulheres, para os quais a moda é constantemente modificada praticamente a cada estação, os homens saem em vantagem em relação ao quesito renovação do guarda-roupa.

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Entretanto, eles não estão livres dos elevados custos para manter a aparência em dia. O investimento é bastante caro para trajar roupas com o caimento perfeito, valorizando sua imagem na empresa.

Além da vaidade, mulheres também são mais cobradas

Vamos a uma situação bastante real. Se um colega seu de trabalho aparecer na empresa trajando o mesmo terno por dois ou três dias seguidos, dificilmente você irá notar a “repetição”.

Entretanto, se uma funcionária vestir o mesmo traje durante o mesmo período, os comentários nos corredores ou na máquina do café serão inevitáveis.

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A presença no salão de beleza é praticamente semanal. Fazer as unhas e cuidar dos cabelos é investir no básico. Há ainda a preocupação em combinar acessórios (bolsas, cintos, bijuterias) com as roupas que insistem em ficar “ultrapassadas” da noite para o dia. Isto sem contar a maquiagem obrigatória e os sapatos cujos saltos “gastam” em pouquíssimo tempo.

Luxo? Nem sempre, mas uma mera questão de etiqueta. A aparência impecável também atinge as mulheres quando o assunto é a sobrevivência no mercado de trabalho. E para quem investe no uso de saias para manter a elegância no trabalho, a reposição de meias-calças pesa, e muito, no bolso: praticamente uma por dia!

Mais do que um rostinho bonito

Você se identificou com o assunto? Então certamente deve saber que o custo do trabalho vai muito além do investimento em roupas e acessórios. E o pior, não há qualquer contrapartida da empresa em grande parte dos casos, o que o leva a ter a certeza de que trabalhar pode sair mais caro do que se imagina.

Entre os gastos mais comuns que simplesmente saem do bolso do trabalhador para que ele se mantenha no emprego, estão: seguro, imposto e manutenção do carro; compra de livros técnicos, jornais, revistas e outros materiais que ajudem no desenvolvimento da profissão; babá para o filho; internet; celular; contribuições a sindicatos etc.

O chique do básico

A dica simples não poderia ser mais apropriada para o problema: invista no básico! Tanto homens como mulheres podem optar pelo uso de peças neutras, as chamadas peças-chave, para compor um visual que inspire seriedade profissional e o mantenha alinhado ao mesmo tempo.

O que estamos querendo dizer é que as cores neutras, por exemplo, permitem um número maior de combinações de peças. O mesmo vale para acessórios e maquiagens. Um sapato rosa ou verde, assim como uma gravata de cor muito alegre, não serão usados assim com tanta freqüência.

Empresa também ganha, então pode ajudar

Em relação ao carro, as opções também são básicas: voltar a utilizar transporte público ou então barganhar na empresa que pelo menos parte do custo seja reembolsado, já que se trata de custo de trabalho. Se nada for possível, então pense se não é a hora de manter um modelo de carro mais popular, para que os custos sejam reduzidos em linha com a “queda” do padrão.

Da mesma forma, os materiais para manter a atualização do profissional em relação à área em que atua, também poderiam ser negociados com a empresa. Afinal, todo o conhecimento, embora seja para o enriquecimento da carreira, será aplicado no desempenho do seu papel dentro da empresa. Ou seja, todo mundo ganha. A flexibilização por parte da empresa poderia atrair o interesse de mais profissionais para aprimorarem seus conhecimentos.

Um corte aqui, para outro gasto ali…

Enfim, por mais que as suas ações não signifiquem que o orçamento do mês será inteiramente poupado dos gastos extras, é possível chegar à redução significativa da despesa. Mas cuidado para não fazer cortes onde não deve.

Lembre-se que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente e que não encontrar solução para o problema não significa necessariamente que deve desistir do investimento em sua aparência. Se os itens que mencionamos aqui forem definitivamente essenciais para você sobreviver no mundo corporativo, a dica é tentar readequar o seu orçamento.

Como? Corte gastos supérfluos, invista na pesquisa de preços e tente sempre conseguir descontos ao sair às compras, ou ainda, determine uma periodicidade para a renovação do guarda-roupa, para conseguir se planejar com antecedência em relação aos gastos.