Trabalhando após a aposentadoria: como fazer uma boa escolha?

Professor, consultor ou coach? Especialista ajuda a tomar tal decisão: é preciso combinar desejo, talentos e interesses

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Após uma longa carreira profissional chega a tão sonhada hora: a aposentadoria. Muitas pessoas, entretanto, não conseguem nem se quer se imaginar inativas e, em vez de começar a planejar viagens para todos os lugares do mundo, começam a pensar em iniciar outra atividade profissional.

Nessa fase da vida, porém, chefe, pressão, estresse, trânsito, obrigações é tudo que as pessoas não querem. Para quem almeja atividades mais flexíveis, existe, felizmente, uma série de opções, podendo atuar como consultores, coachs e até professores.

Escolher, porém, qual caminho seguir, deve ser uma decisão baseada em alguns critérios. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, Villela da Matta, o profissional deve avaliar o que ele gosta de fazer, quais os talentos que possui e qual a experiência que adquiriu ao longo da vida.

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“Muitas pessoas acabam seguindo um ou outro caminho após a aposentadoria influenciados por amigos ou conhecidos que estão em tal ramo, mas isso não garante nada”, pondera Villella.

Focado em resultados
Se tornar um coach, por exemplo, vem sendo uma interessante opção aos profissionais. Mas, não é só porque você se aposentou que automaticamente está habilitado para exercer tal atividade. Villella explica que a pessoa precisa, acima de tudo, “ter uma mente focada em resultados”.

Além disso, é importante que, ao longo da jornada profissional, tenha atingido uma posição estratégia dentro das organizações, seja gerência, diretoria ou presidência. Ainda, o networking conquistado vai contar muito, assim como seus conhecimentos em técnicas de aumento de performance comportamental.

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Dentro desse ramo de atuação, é possível focar, principalmente, em três vertentes. Em um primeiro caso, o coach se especializa em carreira, ou seja, ajuda os profissionais a fazer um planejamento de carreira, com metas e objetivos bem definidos. Outro caminho é focar em coach executivo, auxiliando os líderes a tomar decisões mais estratégicas e assumirem riscos.

Outra opção é o business coach, que auxilia empreendedores de pequenos e médios negócios. Independendo do foco, é importante ser um profissional altamente interessado em resultados. De acordo com Villela, se por um lado esse é um aspecto fundamental, por outro, há enormes ganhos em termos de flexibilidade. “Você monta sua agenda, não tem chefe e trabalha quantas horas quiser”, observa.

Quem sabe consultor?
Mas essa não é a única opção. A consultoria, por exemplo, também chama bastante atenção daqueles que estão pesando em se desligar dos seus cargos em multinacionais. Mas, assim como o coach, tem suas exigências. É mais simples seguir pelo caminho da consultoria para aqueles que já trabalhavam com isso.

Na consultoria, o profissional tem que ter uma grande experiência técnica sobre determinada atividade. Seu papel será analisar um negócio e elaborar um projeto de ação. Quem contrata esse tipo de serviço, está interessado em resultados e números. “Para ter sucesso como consultor, o profissional tem que ter um diferencial competitivo, como, por exemplo, tendo um conhecimento muito profundo de determinada área”, diz Villela.

Outra opção, que garante a sonhada flexibilidade, é a carreira acadêmica. Ao se tornar um professor, a pessoa passa sua experiência adiante, contando com o diferencial de ter a experiência prática, além do conteúdo teórico.

Ou mentoring…
Vele considerar, ainda, o mentoring. Quem escolhe esse caminho tem uma atividade semelhante ao consultor, mas com algumas diferenças importantes. O profissional também elabora um plano de ação para as atividades de determinada empresa – o cliente – mas em vez de apenas apresentar e entregar o projeto, ele vai acompanhar o dia a dia da implementação, corrigindo possíveis falhas e erros.

Villela finaliza explicando que essas não são as únicas opções. O profissional deve fazer uma boa pesquisa, considerar os prós e contras e avaliar se realmente tem interesse em desenvolver a atividade. “Não se deve excluir nenhuma opção; Esse é o momento de transforma o sonho em realidade”, pondera.

Ainda vale um cuidado. Optar por caminhos empreendedores, como franquias e pequenos comércios não é tão fácil como aparenta. A taxa média de sucesso dos empreendimentos no Brasil é muito baixa. “É preciso se especializar muito e conhecer o negócios”. Isso quer dizer que, sem dedicação você poderá simplesmente acabar com tudo que acumulou nos anos de trabalho.