Trabalhadores do Rio reclamam de baixos salários e falta de plano de carreira

Segundo estudo da Page Personnel, metade dos consultados estão desmotivados com os salários e 48,9% desanimados com a ausência de um plano de carreira

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Os baixos salários e a falta de um plano de carreira estruturado são os principais desmotivadores dos profissionais do Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento da Page Personnel, mais da metade dos consultados, 51,1%, estão desmotivados com os salários oferecidos e 48,9% desanimados com a ausência de um plano de carreira.

Entre os 400 analistas, coordenadores e gerentes consultados de diversos setores do estado, o problema varia de acordo com a área de atuação. Para os profissionais de finanças, por exemplo, o maior empecilho é a falta de oportunidades de plano de carreira. Já para 70% profissionais de vendas, o salário é o que mais os desmotivam.

“Os profissionais do Rio estão investindo na carreira, com educação, idiomas, sistemas e muito trabalho. É natural que busquem reconhecimento financeiro pelo seu esforço”, explica gerente executivo da Page Personnel no Rio de Janeiro, Luis Fernando Martins.

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Falta de treinamento, benefícios inadequados, falta de cultura de networking, poucas empresas multinacionais e muita competição também estão entre os itens que mais desmotivam os profissionais cariocas.

Um estudo da empresa ainda revela que os salários pagos aos cariocas mostraram-se inferiores aos rendimentos do mercado paulista. De todos os setores avaliados pela consultoria (Finanças, Vendas, Bancos, Marketing, TI, Seguros, Engenharia e Manufatura, Propriedade e Construção, Suprimentos, RH, Secretariado e Administrativo), foram registrados ganhos superiores aos de São Paulo apenas nos segmentos de TI e Engenharia e Manufatura.

Otimismo
Apesar do descontentamento, os executivos fluminenses mostraram-se otimistas em relação ao mercado de trabalho. Para 84%, o cenário para procurar um emprego é positivo ante 16% de desesperançosos.

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Na hora de buscar um emprego, os trabalhadores do Rio indicaram quais características julgam importante. As expectativas são semelhantes aos fatores que apresentaram como deficitários no mercado fluminense: salário e ascensão profissional. Para 76,1%, o salário e a chance de crescimento aparecem como itens mais importantes para buscar oportunidades.

Na sequência aparecem ambiente de trabalho, com 60,2%, benefícios, 42%, e treinamento/ desenvolvimento, para 39,8%.