Trabalhador não acredita que um novo emprego possa lhe garantir o mesmo salário

Pesquisa feita pela empresa RightSaadFellipelli mostra o Brasil entre os países mais pessimistas neste ponto

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Ficar desempregado não é uma experiência agradável. Por isso, quando o emprego aparece, o trabalhador deve comemorar, e muito. Entretanto, de acordo com o resultado de uma pesquisa feita pela RightSaadFellipelli, nem tudo são flores nesta jornada.

De acordo com o Índice de Confiança na Carreira, baseado em 662 pessoas, o Brasil figura entre os países com o menor índice de otimismo (4,7%) quando o assunto é encontrar um trabalho com um salário similar ao do emprego anterior.

Do total de entrevistados, cerca de 93% dos entrevistados demonstraram pessimismo quando questionados sobre o assunto: 40,5% dos entrevistados disseram achar difícil e 52,7% muito difícil receberem o mesmo salário que tinham na empresa anterior. Somente 3,9% dos entrevistados consideram fácil e 0,8% muito fácil.

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Índice superior registou a Alemanha, onde 96,8% dos entrevistados responderam que dificilmente receberão o mesmo salário do antigo emprego. Já a Noruega se destaca entre os países mais otimistas (25%). Logo depois aparecem Espanha, Japão e Irlanda.

Ainda assim, otimismo está crescendo

O diretor da Unidade Executive da RightSaadFellipelli, Saulo Lerner, afirma que este pessimismo está diretamente ligado à lei da oferta e da procura: quem está desempregado não tem muito poder de negociação e, por este motivo, não tem condições de discutir salários.

Outro ponto que contribui para a diferença paga entre o salário do emprego atual com o anterior é a própria cultura de remuneração adotada por empresas brasileiras, que por manterem uma relação de confiança com os funcionários, acabam concedendo aumentos de acordo com desempenho e o tempo de casa. Já em países como a Noruega, por exemplo, a remuneração depende somente do cargo do funcionário.

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De acordo com o vice-presidente executivo encarregado dos serviços de transição de carreiras da RightSaadFellipelli, Doug Matthews, mesmo com os resultados apresentados, o índice de otimismo está crescendo em termos mundiais.