Publicidade
SÃO PAULO – Até o mês de abril os tíquetes-refeição devem sofrer algumas mudanças visando tanto acabar com a comercialização dos mesmos no mercado negro, como também banir os contra-vales devolvidos como troco nos estabelecimentos comerciais.
A novidade é a substituição do atual modelo de tíquete por um cartão magnético com crédito para o pagamento de refeições. Com a nova medida, os valores das refeições serão creditados no cartão e na medida em que o cliente for utilizando o cartão, os valores exatos das refeições serão debitados do cartão. Assim, o problema do troco deve acabar e não será mais necessária a utilização de contra-vales.
Modelo não é novo
O modelo alternativo ao tíquete-refeição foi introduzido no mercado há cerca de três anos, e desde então vem sendo empregado em forma de teste em algumas localidades do país. Contudo, de acordo com a Associação das Empresas de Alimentação para o Trabalhador (Assert) todos os vales deverão ser substituídos pelos cartões neste início de ano, entretanto, a implementação pode perdurar até 2005.
Continua depois da publicidade
Até o momento, foi implantado cerca de 1,5 milhão de cartões no Rio de Janeiro, incluindo a Grande Rio, e Estado de São Paulo. Empresas do setor estimam que cerca de três milhões de trabalhadores utilizem este tipo de beneficio.
Mercado negro
Segundo a Assert, atualmente cerca de 3% dos tíquetes são comercializados por camelôs de forma clandestina, o que representa uma movimentação de cerca de R$ 240 milhões no mercado negro. No ano passado, o setor atingiu um faturamento da ordem de R$ 8 bilhões.
Além disto, cerca de 2% dos trabalhadores vendem seus tíquetes para vendedores ambulantes para ganharem dinheiro e ainda 1% deles utilizam o dinheiro no pagamento de dívidas.