Tesouro Direto, ações, CDB: onde investir a primeira parcela do 13º?

Para o economista Ricardo Torres, neste momento, a melhor opção de investimentos são os títulos do Tesouro Direto

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Quem trabalha com carteira assinada tem um bom motivo para comemorar nesta quarta-feira (30). Isto porque o último dia útil de novembro é a data limite para o pagamento de um dos benefícios mais esperados pelos trabalhadores: a primeira parcela do décimo terceiro salário.

Para aqueles que estão com o orçamento em dia e não possuem dívidas, uma das principais recomendações dos especialistas é que o dinheiro extra seja investido. “Há, no mercado financeiro, diferentes produtos para todo tipo de investidor com os mais variados graus de risco”, afirma a gerente do Easynvest, Mirian Macari.

Tesouro Direto
Para o economista e diretor da Nortfolk Advisors, Ricardo Torres, neste momento, a melhor opção de investimento são os Títulos Públicos Federais, que podem ser adquiridos por meio do programa Tesouro Direto. “Com o cenário atual, estes títulos oferecem a melhor rentabilidade e segurança para o investidor”, acredita.

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A gerente do Easynvest também aconselha estes títulos para aqueles que não gostam de correr muitos riscos. “Os que possuem um perfil mais conservador têm nos títulos do Governo uma boa opção”, diz.

De acordo com Torres, os títulos pós-fixados atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e os prefixados devem ser priorizados pelo investidor.

Isto porque os títulos pós-fixados indexados à inflação garantem um ganho real, por mais que os índices de preços venham a subir – estes títulos remuneram pelo IPCA acrescido de uma taxa fixa. Já em relação aos prefixados, a recomendação parte do princípio de que as taxas de juros devam cair no próximo ano. “Investindo agora, você consegue captar uma taxa que ainda está alta”, afirma Torres.

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Mais renda fixa
Para o economista, outro destino interessante para este dinheiro pode ser o investimento em CDBs (Certificados de Depósito Bancário). Uma das principais características do CDB é o fato de ele não possuir taxa de administração e de ser bastante acessível para qualquer correntista.

“O CDB é um outro investimento que recomendo neste momento. Acredito que, depois do Tesouro Direto, esta é a melhor aplicação atualmente”, afirma Torres.

Mas ele ressalta que, antes de optar por estes certificados, o investidor olhe alguns pontos importantes, especialmente o percentual pago em relação ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário, usado como referência para o rendimento dos CDBs pós-fixados).

“Ele precisa procurar por bancos que ofereçam um percentual maior do CDI; o ideal é conseguir 100%”, aconselha.

Renda variável
Investir o décimo terceiro salário em ações pode não ser uma boa opção este ano, na opinião do diretor da Nortfolk. Segundo ele, apesar de muitas ações estarem com preços considerados abaixo de seu valor justo, ainda não é possível prever se haverá ou não mais desvalorização.

“Ainda há muita instabilidade no cenário externo, principalmente na Europa, e a situação de algumas das principais economias do continente ainda está longe de ter uma solução”, aponta.

Já para a gerente do Easynvest, a bolsa continua sendo uma opção para os investidores com perfil mais agressivo, mas é importante buscar ajuda especializada para aproveitar melhor as oportunidades presentes neste mercado.

“O investimento na bolsa envolve riscos de mercado, que podem ser minimizados, mas sempre estarão presentes em menor ou maior grau”, diz.

Além disso, ela recomenda que o investidor diversifique as aplicações e tenha consciência de que a compra e venda de ações é uma alternativa para objetivos de longo prazo.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip