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SÃO PAULO – Condenados, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a encontrarem mais dificuldade na hora de conquistar um emprego, mulheres e jovens encontram vaga, em sua maioria, em centros de call center – ou telemarketing, como é popularmente conhecido.
Pelo menos é isso que mostram dados de pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em parceria com a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT).
Conforme o estudo, o setor, que emprega 675 mil pessoas no Brasil, tem as mulheres como maioria (76%). Ainda é estimado que 45% do total de empregados sejam jovens em seu primeiro emprego.
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Retornando ao mercado
“O setor é um dos poucos a abrir as portas para mulheres com mais de 40, que querem retornar ao mercado de trabalho”, explicou, por meio de nota, Carlos Umberto Allegretti, diretor da ABT.
“Para os jovens, a grande vantagem é a carga horária, de 6 horas/dia, que permite conciliar o emprego com os estudos”. Algumas empresas do setor estão criando universidades corporativas justamente para atrair e satisfazer esse contingente de trabalhadores.
Dados de dezembro de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que as mulheres correspondem a 54% da população desempregada do País. Na divisão por faixa etária, os mais afetados pela falta de trabalho (39,9%) têm entre 18 e 24 anos.
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Previsão
A previsão para 2007 é de que 75 mil novos postos de trabalho sejam criados em call center, mantendo o ritmo de crescimento do setor no patamar de 10%.
“Com a percepção crescente de que o bom atendimento ao cliente pode gerar valor agregado à marca e ao produto, as empresas estão profissionalizando cada vez mais seus call centers”, apontou Allegretti.
Ele afirma que os serviços públicos e empresas estrangeiras – interessadas em internacionalizar suas centrais – estão entre as principais contratantes em potencial do setor em 2007.