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SÃO PAULO – No lugar de cobrar mensalidade para famílias de alta renda em universidades, a solução para o ensino público seria taxar grandes fortunas e a aplicação de Imposto de Renda progressivo, defenderam deputados nesta terça-feira.
A opinião foi apresentada durante debate a respeito da cobrança de mensalidade em universidades públicas, que ocorreu na manhã do dia 22. Essa cobrança, apenas para famílias de alta renda, teria intuito de aumentar a distribuição da renda voltada à educação entre instituições de ensino básico, médio e superior, melhorando assim a educação pública no país.
“Cobrar uma mensalidade igual à do ensino médio é desconhecer a realidade dos pais dos alunos, por isso eu defendo taxar grandes fortunas e a progressividade do Imposto de Renda”, disse o deputado Flavinho (PSB-SP), na ocasião.
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O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) defendeu a gratuidade, e apontou um efeito colateral que a cobrança do ensino superior provoca em outros países, como Estados Unidos e Chile. “No Chile, 37% dos jovens estão endividados. E 50% das dívidas são com educação, o que só beneficia o sistema financeiro”, disse.
No Chile, a gratuidade do ensino superior foi aprovada para a partir de 2016. Os planos são atingir todos os alunos da rede pública até 2020.
Para Pedro Uczai (PT-SC), a cobrança não é garantia de aumento do financiamento das universidades públicas. “Se o rico pagar mensalidade, em pouco o tempo o governo vai deixar de colocar dinheiro público nas universidades públicas”, opinou. “É melhor e mais honesto dizer logo que é favorável à privatização das universidades”, disparou, em seguida.
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O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) rebateu o argumento. “Querem desviar o debate para a privatização, mas precisamos fazer este debate. Todas as alternativas de arrecadação têm que ser avaliadas, seja através do pagamento de mensalidades, seja por meio de reforma tributária, mas para financiar o ensino básico”, disse.
Com Agência Câmara