Taxa de desemprego recua para 11,9% em 2010, aponta Dieese

No ano passado, o contingente de desempregados foi estimado em 2,620 milhões de pessoas, 418 mil a menos do que em 2009

Karla Santana Mamona

Publicidade

SÃO PAULO – A taxa de desemprego nas sete principais regiões metropolitanas do País diminuiu entre 2009 e 2010, passando de 14% para 11,9% da PEA (População Economicamente Ativa). Somente em dezembro, a taxa caiu para 10,1%, ante 10,6% em novembro.

De acordo com os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no ano passado, o contingente de desempregados foi estimado em 2,620 milhões de pessoas, 418 mil a menos do que em 2009, o que representa uma queda de 13,8%.

Considerando as diferentes formas de desocupação, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, apresentou queda, passando de 9,7% para 8,5%. O desemprego oculto também diminui, de 4,3% para 3,4%.

Continua depois da publicidade

Desemprego por região
No ano passado, na análise regional, a taxa de desemprego registrou queda nas sete regiões pesquisadas, conforme é possível observar na tabela a seguir:

Taxa de desemprego total (%)
Região Metropolitana  2009   2010
Distrito Federal

15,8 

13,6
Belo Horizonte 10,3   8,4
Fortaleza 11,4  9,4
Porto Alegre 11,1  8,7
Recife 19,2 l 16,2
Salvador 19,4 16,6
São Paulo 13,8  11,9
Total 14 11,9

Fonte: Dieese/Seade

População ocupada
A população ocupada das áreas analisadas atingiu 19,432 milhões de pessoas em 2010, o que mostra uma variação positiva de 4,1% em relação ao ano anterior.

Na análise setorial, o segmento de serviços aparece ainda como o maior empregador, com 10,427 milhões de pessoas atuando no ano passado, seguido pelo comércio, com 3,180 milhões de trabalhadores, e pela indústria, com 2,988 milhões de empregados.

Os segmentos outros (serviços domésticos e outros ramos de atividade) e de construção civil foram os que mantiveram o menor número de pessoas ocupadas em 2010: 1,585 milhão e 1,252 milhão, respectivamente.