Taxa de desemprego fica estável em 16,9% da PEA em outubro, diz Seade/Dieese

Houve aumento da taxa de desemprego aberto, compensado pelas contratações temporárias típicas desta época do ano

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após recuar em setembro, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo permaneceu estável no mês outubro, ficando em 16,9% da PEA (População Economicamente Ativa).

Com isto, o contingente de trabalhadores sem emprego na região praticamente não se alterou, reduzindo-se em apenas mil pessoas na comparação a setembro, chegando a um patamar de 1,691 milhão de desempregados no décimo mês do ano.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada mensalmente pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), foi divulgada nesta quarta-feira (23).

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Menos 79 mil desempregados em um ano

Ao se comparar o nível de desemprego atual a outubro de 2004, o estudo mostra queda de 0,7 ponto percentual na taxa da Grande São Paulo, uma vez que naquele mês ela correspondia a 17,6% da PEA.

No acumulado dos últimos doze meses, foram criadas 32 mil ocupações, enquanto houve decréscimo de 79 mil pessoas no total de desempregados, de forma que a População Economicamente Ativa, hoje estimada em 10,008 milhões de pessoas na região, recuou em 47 mil pessoas no último ano.

“Bicos” responderam pela estabilidade do indicador

O nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, subiu de 10,4%, em setembro, para os atuais 10,6%.

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O desemprego oculto por desalento, outra variável do índice, subiu para 1,7% em outubro, diante da taxa de 1,6% do mês anterior. Já a taxa de desemprego oculto pelo trabalho precário registrou um recuo maior, de 4,9% para 4,6%, contrabalançando as altas ocorridas no período.

Vale destacar que o trabalho precário engloba as pessoas que possuem uma ocupação temporária, como um “bico”, por exemplo, típico desta época do ano, mas que estão procurando emprego.

Já o desemprego oculto por desalento inclui quem ficou sem trabalho e, depois de procurar emprego por muito tempo, acabou desistindo da busca, praticamente deixando o mercado profissional.

Segmentos da população

O resultado do último ano favoreceu praticamente todos os segmentos da população, ficando as exceções para as pessoas analfabetas ou com ensino fundamental incompleto (com aumento de 17,7% para 18,1%) e aquelas entre 25 a 39 anos de idade, cuja taxa manteve-se em 13,9%.

Entre os segmentos em que houve queda do nível de desemprego, merecem destaque as pessoas com ensino médio incompleto (taxa passou de 33,2% para 29,6%), com ensino fundamental completo (21,9% para 19,9%) e os homens (15,4% para 14,3%).

Menor taxa de desemprego na região do ABC

De acordo com os dados regionais da pesquisa Seade/Dieese, o município de São Paulo perdeu o primeiro lugar como a cidade com menor taxa de desemprego da região. Na capital, a taxa de desocupação subiu de 15,4% da PEA para 15,8% de setembro para outubro. Um ano antes, entretanto, ela estava em 17,2%.

O menor nível de desemprego agora está na região do ABC que, por sua vez, viu a taxa apresentar novo recuo, ao passar de 15,5% para 15% no último mês, patamar também inferior aos 17,5% notados em outubro do ano passado.

Finalmente, o indicador das demais cidades da região metropolitana também caiu de 18,8% para 18,3%, patamar pouco acima do registrado em outubro de 2004 (18,2%).