Supervisores gastam mais tempo com problemas do que com treinamento

Pesquisa mostra que 29% do tempo é destinado à resolução de problemas e 1% para treinamento

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Supervisores e gerentes gastam mais tempo de seu dia com atividades de ‘apagar fogo’ do que com o treinamento de seus colaboradores. Isso é o que mostra pesquisa realizada pela consultoria em aperfeiçoamento de processos, Proudfoot Consulting.

Os dados, coletados de mais de 100 equipes de supervisores e gerentes de empresas de todo o Brasil, revelaram que 29% do tempo são destinados à resolução de problemas, enquanto 30% são para atividades administrativas, como reuniões, despacho de papeladas, checagem de e-mail e telefonemas.

Por outro lado, apenas 1% do horário de trabalho dos gestores é destino para treinamento dos funcionários.

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Nada adequado

De acordo com o presidente da consultoria, João Currito, há uma baixo investimento em treinamento, fator que deveria demandar 20% do tempo dos supervisores e gerentes. “As empresas devem sempre manter o foco no aperfeiçoamento profissional de seus funcionários. Como consequência desse investimento, a produtividade sofreria um impacto positivo”.

Ele ainda disse que a falta de planejamento e de acompanhamento que os funcionários recebem de seus superiores fazem com os supervisores e gerentes gastem mais tempo para resolver problemas.

“Todo profissional possui metas de produção e performance. Falta aos supervisores e gerentes mais suporte por parte de seus superiores e o efetivo acompanhamento e suporte às suas atividades na empresa”.

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Sem resultados

Outro dado bastante grave da pesquisa mostra que 17% do tempo desses profissionais são usados para atividades sem valor agregado, ou que não geram nenhum tipo de resultado prático. O ideal, neste caso, seria um percentual em torno de 5%.

O presidente da consultoria ainda citou pesquisa feita pela entidade sem fins lucrativos Conference Board, a qual mostra que 38,4% dos CEOs de todo o mundo afirmaram que a excelência na execução é o principal desafio a ser vencido.

“Esse resultado reforça ainda mais a idéia de que é preciso investir e aperfeiçoar os trabalhos nos níveis de execução, isto é, nos níveis de supervisão e gerência, para alcançar uma produtividade cada vez mais alta”.