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SÃO PAULO – Assim como o profissional passa por diversas fases na carreira, as empresas, ao longo da vida, têm estágios clássicos. De acordo com o consultor comportamental e de manejo de negócios, Luiz Fernando Garcia, elas podem ser divididas em “Criança”, “Adolescente” e “Madura” e o funcionário que deseja crescer dentro da empresa precisa analisar esse fator, para direcionar o próprio comportamento.
“Nas três fases existem possibilidades de crescimento profissional, mas com particularidades”, afirmou. Para isso é preciso conhecer estas etapas. A empresa “Criança”, geralmente, tem poucas diretrizes, poucos sistemas, procedimentos e orçamentos. “Todo o seu sistema administrativo pode estar escrito no verso de um envelope velho guardado no bolso do fundador”, descreveu Garcia.
Na fase “Adolescente”, há inconsistência nas metas organizacionais e nos sistemas de remuneração e incentivo e existem muitas reuniões improdutivas. Uma empresa “Madura”, por sua vez, atingiu um equilíbrio de autocontrole e flexibilidade: sabe para onde vai e como chegar lá, porque ganhou dinheiro e como ganhará.
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Como crescer em cada uma das fases?
Ainda segundo Garcia, em todas as fases existem problemas. Os profissionais devem propor soluções para poder se manter na companhia mesmo com as falhas. Além disso, veja abaixo o comportamento que o consultor indica para cada uma delas:
- Criança: O profissional tem que abraçar mais as tarefas e fazer mais que o combinado, para ter a confiança do dono da empresa. Mantenha um vínculo duradouro com o empresário e o foco na redução de custos;
- Adolescente: A mesma postura do profissional na fase criança é válida nesta, mas é preciso avançar nas estratégias de controle financeiro. Reduza o número de reuniões e prefira o feedback auto-gerado, que nada mais é do que a auto-avaliação em relação aos resultados obtidos;
- Madura: Nessa fase, o profissional deve manter-se em uma área de atuação, mostrando liderança e foco, além de revelar-se importante para a empresa. “Aconselho o profissional a cuidar bem do seu quintal”, afirmou Garcia.
Comportamentos restritos a cada fase
Segundo o consultor, a fase “Criança” exige que o profissional mantenha o seu objetivo baseado na superação de desafios, já que é nela que ele encontrará os obstáculos iniciais. “Ele deverá manter a tolerância à incerteza e ambivalência, além de manter elevada a expectativa”.
Nas fases posteriores, por sua vez, deve ser desenvolvida a capacidade de visualização e criação de mapas de percurso, a fim de se manter o foco e a orientação, ambos voltados para o resultado.