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SÃO PAULO – Existem muitas barreiras nos aspectos intangíveis, que inviabilizam o sucesso de fusões e aquisições, impedindo o resultado esperado pelas empresas.
O principal obstáculo encontrado diz respeito à adequação à cultura e ao mercado da empresa-alvo, que foi mais significante para 90% dos latino-americanos que participaram de um estudo realizado pelo Hay Group. Em segundo lugar, aparecem a questão da condução das mudanças nas lideranças e a compreensão acerca da base de clientes da organização comprada. O resultado consta da pesquisa realizada com 560 profissionais responsáveis por essas operações em 27 países.
O estudo constatou ainda que, mesmo conhecendo tais dificuldades, 31% dos entrevistados não pretendem alterar a forma como conduzem negócios. Apenas 16% mudariam sua estratégia para promover maior integração cultural em futuras fusões ou aquisições. No Brasil, felizmente, esse percentual é maior, de 46%.
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Inconsistência
Foi identificada ainda certa inconsistência entre aquilo que os profissionais dizem e o que planejam fazer. Mas as principais barreiras que eles encontram nem sempre se traduzem em um plano de ação, de acordo com a pesquisa. Isto é, os executivos reconhecem essas dificuldades, porém fazem pouco para saná-las.
“Apesar de reconhecerem que barreiras como cultura, liderança, governança corporativa e compreensão da base de clientes da empresa target devam ser levados em conta nos negócios, o empenho para a resolução dessas barreiras ainda é inexistente ou simbólico”, afirma o diretor do Hay Group, Jean-Marc Laouchez.
A importância que a gestão de intangíveis tem tomado no Brasil pode mudar esta situação. Por exemplo, recentemente, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) passou a avaliar aspectos como capacidade de inovação, de relacionamento com as partes interessadas e boa atitude ambiental como fatores importantes para concessão de financiamentos, o que poderá influenciar a atitude das empresas”, acrescenta.