SP: indústria contratou 41 mil pessoas com deficiência em 2010, diz Fiesp

Setor de veículos automotores e de alimentos e bebidas se destacaram, atingindo índices de 18,3% e 11,5%, respectivamente

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – A indústria paulista empregou 41.378 mil pessoas com deficiência física em 2010 – o que corresponde a 41,25% do total de empregos formais oferecidos no Estado no mesmo período. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e faz parte do relatório O Cenário do Emprego da Pessoa com Deficiência no Estado de São Paulo.

De acordo com o levantamento, que avaliou o nível de contratação de pessoas com deficiência pelo setor industrial paulista, tiveram maior destaque o segmento de veículos automotores e o de alimentos e bebidas, que apresentaram índices de contratação de 18,3% e 11,5%, respectivamente.

Outros que também tiveram uma boa representatividade quanto às contratações foram os setores da construção civil (6,7%), borracha e plástico (6,2%), produtos químicos (5,6%) e de máquinas e equipamentos (4,8%).

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Lembrando que é da indústria o posto de segundo maior empregador de pessoas com deficiência no estado. “A indústria perde apenas para o segmento de serviços e administração pública”, informa o estudo.

Ocupação
Já no montante geral, no entanto, dos 12,8 milhões de empregos formais disponíveis no estado de São Paulo em 2010, 100,3 mil foram ocupados por deficientes, segundo o levantamento anunciado durante a 5ª Mostra Fiesp de Responsabilidade Socioambiental.

“Apesar de termos hoje mais de 100 mil pessoas empregadas, temos muito ainda o que fazer para que esse número aumente e para que essas pessoas sejam realmente incluídas nas empresas de uma forma mais digna”, diz o diretor do Departamento de Ação Regional da Federação, José Roberto Ramos Novaes, conforme publicado pela Agência Brasil.

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Cargos
Segundo o relatório da Fiesp, são mencionados como os principais cargos ocupados por deficientes: os alimentadores de linhas de produção (11,3%), agentes, assistentes e auxiliares administrativos (9,3%) e os de preparadores e operadores de máquinas-ferramenta convencionais (5,3%).

Outras que também costumam ser destinadas a esse público são as funções de almoxarifes e armazenistas (3,2%), operadores de máquinas a vapor e utilidades (2,9%), montadores de veículos automotores (2,6%), montadores de equipamentos eletroeletrônicos (2,4%) e trabalhadores de embalagem e etiquetagem (2,3%).

Ainda de acordo com Novaes, tal relatório é importante justamente por mostrar a preocupação da indústria com a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.

“Existe uma obrigatoriedade por parte da indústria em relação à colocação dessas pessoas e nós já temos escolas que formam instrutores para essa capacitação. Estamos ajudando o empregador a cumprir essas cotas”, diz.

Por região
Na análise regional, entretanto, a capital paulista figura como a principal empregadora de pessoas com deficiência, representando 46% em relação ao restante do estado. As regiões de Campinas e São José dos Campos também apresentam percentuais elevados, com 22% e 8%, respectivamente.