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SÃO PAULO – Os portadores de deficiência auditiva e os reabilitados estão entre os profissionais com necessidades especiais mais bem pagos pela indústria no estado de São Paulo. Para se ter uma ideia, a estimativa é que a remuneração média deles tenha atingido, em 2010, cerca de R$ 2.665 e R$ 2.526, respectivamente.
Os dados divulgados na quarta-feira (23) fazem parte do relatório O Cenário do Emprego da Pessoa com Deficiência no Estado de São Paulo, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
“As pessoas com deficiência física e auditiva têm maior poder de absorção pelo mercado, devido às poucas adaptações relativas à acessibilidade estrutural, comportamental e atitudinal que exigem das indústrias”, detalha o relatório.
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O levantamento permitiu ainda a observação de um problema recorrente do setor: a divergência entre os salários pagos aos colaboradores, que muitas vezes recebem um salário de acordo com o tipo de deficiência que apresentam.
Para se ter uma ideia, os portadores de deficiência mental costumavam receber no mesmo período, uma média de R$ 1.066 – esta considerada a menor da categoria.
“Enquanto o número de profissionais com deficiência física e auditiva ultrapassou 10 mil contratações no estado de São Paulo no último ano, os deficientes visuais e mentais não atingiram nem a metade desse valor”, demonstra o estudo.
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Além disso, dificilmente as funções destinadas aos deficientes costumam se encontrar no mesmo patamar dos cargos oferecidos aos demais profissionais – que não possuem deficiência “E isso ocorre apesar dos deficientes receberem qualificação e treinamento para desempenhar as mesmas funções”, conclui a pesquisa.