Síndrome de Gabriela impede progresso na carreira, por isso enfrente seus medos

Teoria de Darwin serve para o drama atual: sobreviverão aqueles que se adaptarem ao mundo contemporâneo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os versos cantados por Gal Costa, na novela “Gabriela, Cravo e Canela”, diziam: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim… Gabriela… Sempre Gabriela”. Segundo o psicólogo e consultor de empresas Rogerio Martins, tem muita gente com síndrome de Gabriela.

Quantas pessoas você conhece que repetiriam esse mesmo discurso, se tivessem a oportunidade: “eu nasci assim, e sou mesmo assim, e não mudo”?

É estranho que, com todas as mudanças acontecendo mundo afora, com a evolução dos mercados, a inversão da crença de que os trabalhadores dependem das empresas (hoje o que vemos é praticamente o contrário), o crescimento da economia do País, que está abrindo inúmeras oportunidades aos profissionais, assim como a internet, e a tendência do trabalho em casa, algumas pessoas relutem e façam o possível para manter as coisas no lugar em que elas estão, quem sabe por toda a eternidade!

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“Pior é quem acredita que essa postura retrógrada é boa para si e para a empresa. A única certeza que temos é de que tudo mudará! Para uma empresa crescer, é necessário passar por mudanças. Para um profissional ascender na carreira também. Claro que nem toda mudança é positiva, mas quanto mais resistirmos ao inevitável, mais sofremos. Por isso, é preciso aprender sobre elas e com elas”, defende Martins.

Lidando com mudanças

O especialista diz que, realmente, não é fácil lidar com as mudanças. “Existem inúmeros fatores que levam as pessoas a lidar de forma negativa com as mudanças. Entre eles, destaco três: a homeostase, o interesse pessoal e o pensamento de curto prazo. Há uma velha frase no meio esportivo que reforça a idéia de homeostase: em time que está ganhando não se mexe”.

Já o pensamento de curto prazo acomete os profissionais que não têm o hábito de planejar. Mas há aqueles que vivem planejando e não fazem nada, o que também implica a perda de oportunidades.

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O consultor explica que, basicamente, as pessoas sentem insegurança e temem as mudanças. “O medo de dar errado, o medo de não conseguir, o medo de se frustrar, o medo de arriscar, o medo do ridículo, o medo de não ser aceito…”, sublinha.

Como gerir mudanças nas empresas

É possível lidar bem com as mudanças em uma empresa. De acordo com Martins, para isso, é preciso criar um ambiente corporativo favorável, que passa por alguns aspectos: melhorar a comunicação em todos os níveis hierárquicos, fortalecer o pensamento estratégico e de longo prazo entre todos os funcionários, preparar mais e melhor as lideranças, gerar oportunidades para que as pessoas participem sem medo de punição, difundir o conhecimento, os planos de futuro e as expectativas do presente. “Com estas ações, é possível criar um clima interno de motivação”.

Ele ressalta que as mudanças estão acontecendo em ritmo cada vez mais acelerado, graças aos avanços tecnológicos. E não se pode ignorar o fato de que a população mundial aumenta a cada dia e, com mais pessoas no mundo, há mais concorrência, tanto para os profissionais quanto para as empresas.

A teoria de Darwin serve para o drama atual também: sobreviverão aqueles que conseguirem se adaptar melhor ao mundo contemporâneo. Ou seja, os mais rápidos, dinâmicos e assertivos. “Portanto, fique alerta quanto ao vírus da síndrome de Gabriela. O primeiro sintoma é achar que tudo está bom do jeito que está!”, completa o consultor.