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SÃO PAULO – O aumento de 3,3% concedido aos aposentados que recebem mais de um salário mínimo não agradou. O Sindicato Nacional de Aposentados e Pensionistas da Força Sindical afirmou que o reajuste não repõe o poder de compra da categoria.
“Muitos remédios, por exemplo, subiram mais que isso”, afirmou o presidente da entidade, João Batista Inocentini. Os aposentados reivindicavam um reajuste de 8,57%, assim como o do mínimo, que passou de R$ 350 para R$ 380 no último dia 1º.
INPC
De acordo com a Agência Brasil, o secretário nacional de Previdência Social, Helmut Schwarzer, explicou que o dissídio teve por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no período de abril de 2006 a março de 2007. “Isso significa que está se mantendo o poder de consumo das aposentadorias.”
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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que a inflação medida pelo INPC acumulou alta de 3,3% nos 12 meses encerrados em março. “O salário mínimo é apenas o piso do beneficio previdenciário, e não corrige nenhum outro valor”, justificou o secretário.
Surpresa e mobilização
Inocentini disse ter se surpreendido com o anúncio do reajuste. “Tivemos uma reunião em março e teríamos outra hoje (quarta-feira, 11). O governo desmarcou, alegando que não houve tempo para que a Fazenda e a Previdência discutissem o assunto”, contou, adicionando que o outro encontro estava marcado para a próxima semana.
O sindicalista não pretende desistir. Afirmou que irá se reunir com outras centrais sindicais para pressionar o governo a conceder os 5% que completariam o aumento reivindicado pela categoria. “Acho difícil que o governo conceda este ano. Mas vamos nos mobilizar para isso, finalizou.