Setor de serviços é líder no ranking de acidentes de trabalho no Brasil

Em 2010, foram 333.895 notificações. Em seguida, aparece a indústria, incluindo a construção civil, com 307.620 ocorrências

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – O setor de serviços é líder no ranking de acidentes de trabalho no Brasil. No ano passado, foram registrados 333.895 notificações de acidente de trabalho, segundo revela o Anuário Estatístico da Previdência, divulgado pelo MPS (Ministério da Previdência Social).

Em seguida aparece a indústria, incluindo a construção civil, com 307.620 ocorrências. Em contrapartida, o setor econômico que registra o menor número de acidentes é a agropecuária, com 27.547 notificações.

Os dados indicam que todos os setores analisados apresentam queda no número de acidentes de trabalho em 2010, na comparação com 2009.

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Em relação aos profissionais que mais sofreram acidentes no período, destacam-se os que trabalham na área de serviços (73.701), os exerciam funções transversais, tais como operadores de robôs, de veículos operados e controlados remotamente, condutores de equipamento de elevação e movimentação de cargas, com 72.102, e os trabalhadores da indústria extrativa e da construção civil, com 47.730 ocorrências.

Total de acidentes
No ano passado, no total, foram registrados 701.496 acidentes de trabalho, número inferior ao registrado em 2009, quando foram 733.365 acidentes.

De acordo com a Previdência Social, apenas os acidentes de trabalho de trajeto, que ocorrem nos deslocamentos do trabalhador, tiveram aumento e passaram de 90.180 de 2009 para 94.789 em 2010. O número de mortes decorrentes de acidentes de trabalho cresceu 11,4% em 2010, comparando-se com 2009.

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Em relação às mortes, foram contabilizados 2.712 devido a acidentes em setores de atividades no último ano. No ano anterior foram 2.560.

Para o diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, os números demonstram que a segurança no trabalho necessita de investimentos ainda mais altos e constante vigilância de empregadores, trabalhadores e governos.

“Os cuidados com os ambientes de trabalho devem ser redobrados para que se fortaleça a cultura da prevenção acidentária da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho”, finalizou.