Setor de petróleo está de olho em você, e na sua formação!

Após recentes descobertas da camada do pré-sal, setor busca engrossar (por meio da educação) o quadro de profissionais

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SÃO PAULO – Após as recentes descobertas da camada do pré-sal no litoral brasileiro, o setor petrolífero busca engrossar o seu quadro de profissionais ativos.

Ao passo que novos negócios são fechados, aumentam as projeções para a construção de novas plataformas de produção, embarcações de apoio, além da maior frota de sondas de perfuração.

Em resposta a essa “onda negra”, cursos voltados para a formação de mão-de-obra para o setor proliferam. Nos últimos dois anos, pelo menos cem novas pastas superiores para a área foram criadas, segundo informações do Ministério da Educação. São Paulo e Rio de Janeiro concentram a maior parte delas. 

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Adesão
De olho nessa expansão, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) tomou para si a responsabilidade de incrementar as fileiras educacionais do setor. Sua contribuição se dá pelo Programa de Recursos Humanos, cujo objetivo é estimular a formação e especialização de estudantes de graduação, mestrado e doutorado.

Com o programa, são oferecidos recursos financeiros na forma de bolsas de estudo e taxa de bancada (uma espécie de bolsa para doutorado), de modo a contribuir para o aumento da oferta de mão-de-obra especializada para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis.

O PRH, que completou dez anos de existência, já concedeu 4.293 bolsas em 36 cursos de especialização, em 23 instituições de ensino superior em 13 estados brasileiros.

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De acordo com a assessoria de comunicação, os auxílios contaram com o apoio financeiro do CTPetro (Plano Nacional de Ciência e Tecnologia do Setor de Petróleo e Gás Natural), a partir do repasse de R$ 178,4 milhões via Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

De fato, os dados do programa são sólidos: 70% dos ex-bolsistas do PRH atuam na indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis.

Oportunidades 
O quarto edital do PRH-ANP, cujo resultado foi divulgado recentemente, selecionou dez novos programas de universidades de nove estados brasileiros, sendo três destes na área de estudos sobre o pré-sal e os outros com foco em eficiência energética, biocombustíveis e saúde ocupacional e segurança operacional.

Cada um dos programas receberá oito bolsas de graduação, quatro bolsas de mestrado, duas bolsas de doutorado, uma bolsa de coordenador e uma bolsa de pesquisador visitante. Serão aplicados R$ 224.752,80 na concessão de bolsas de estudo e R$ 93.172,14 em taxas de bancada, no ano de 2010.

Fortaleza estatal
Quando o assunto é petróleo, a imagem da Petrobras logo é atrelada. Um exemplo? Visando suprir a futura demanda por profissionais para trabalharem na operação do pré-sal, a empresa anunciou no último dia 16 a abertura de 27.915 vagas em 50 cursos grátis por meio do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), para qualificar a mão-de-obra de candidatos a possíveis novos empregos.

“O profissional que ingressa [na Petrobras] às vezes não é a pessoa dos nossos sonhos, pois depende muito da onde ele irá trabalhar. Caso não tenha a qualificação para aquele posto, a Petrobras investirá no conhecimento daquele funcionário”, afirma a gerente de planejamento de RH da estatal, Mariangela Mundim. 

O setor petroleiro necessita de profissionais das mais variadas formações, do nível técnico ao superior. Tratando-se especificamente da empresa, a maioria de seus funcionários é graduada em Engenharia, Geologia, Física e Química. O que necessariamente não fecha as portas para especialistas em Sistemas, Direito, entre outras áreas.

“O empregado tem de ter alinhamento com os valores da companhia, assim como competências corporativas e trabalho em equipe”, observa a executiva.

A mão do petróleo
Sendo bem avaliado, um profissional da Petrobras acaba tendo a chance de realizar um extenso treinamento interno. O saldo disso tudo é passar por 13 meses de estudo na Universidade Petrobras, quando o funcionário aprenderá técnicas e conceitos sobre a sua área de atuação.

“O futuro da indústria do petróleo é muito promissor. São carreiras sólidas e duradouras, muito bem constituídas e que geram grandes oportunidades”, finaliza Mariangela.