Sem rumo: profissionais de TI não contam com plano de carreira

Em pesquisa, 58,9% dos 180 profissionais brasileiros da área entrevistados confirmaram esta realidade

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A maioria dos profissionais de tecnologia da informação não contam com um plano de carreira definido pelas empresas em que atuam. De acordo com pesquisa encomendada pelo instituto holandês Exin, realizada pela MBI, 58,9% dos 180 profissionais brasileiros da área entrevistados confirmaram esta realidade.

“Estes dados confirmaram a percepção de que a área de TI não se preocupa em definir uma estratégia de desenvolvimento profissional, como acontece com outras áreas dentro das organizações”, afirmou a gerente regional do Exin no Brasil, Luciana Abreu.

Outros 39% dos entrevistados ainda disseram que boa parte dos investimentos na profissionalização estão destinados para treinamento técnico. Para Luciana, os resultados apenas comprovam a necessidade de “suprir um vácuo imediato do setor”.

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Carreira de TI

Conforme revelaram os dados, 43,3% dos entrevistados afirmaram que suas empresas possuem um CIO (chief information officer), sendo que 13,3% deles estão na instituição entre 11 e 30 anos, mesmo exercendo outras funções anteriormente. Outros 10,6% estão há, no máximo, cinco anos.

“As conclusões feitas pelos entrevistados apontam para uma visão de que o mercado dá oportunidade a quem está há muito tempo na casa, ou, quando isso não é possível, traz o profissional de outras empresas e segmentos, em vez de preparar e formar suas equipes para os postos de liderança“, alertou Luciana.

Nas empresas que não possuem um CIO, a gerente regional afirmou que falta a compreensão da importância de se ter um diretor de tecnologia da informação que irá também olhar para o negócio da empresa. Do universo das empresas que não possuem o diretor de TI, destacam-se aquelas de pequeno e médio porte, além das que atuam na indústria (55,1% não atuam com o profissional) e atacado e varejo (54,5%).

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Mais dados

Boa parte dos entrevistados (45%) são pós-graduados, principalmente em informática e administração, têm entre 11 e 30 anos de mercado (65%) e possuem fluência em inglês (34,4%).

A pesquisa foi realizada nos meses de agosto e setembro deste ano. Os entrevistados são ocupantes de cargos de média gerência e subordinados, e atuam majoritariamente no setor privado. Cerca de um terço atua em empresas do setor de TI, que prestam serviços de outsourcing para o mercado corporativo, enquanto o restante atua de forma direta no mercado corporativo. A margem de erro é de aproximadamente 6,8%.