Seguro-desemprego: 62% dos beneficiários de 2007 ganhavam até 2 mínimos

Mais de R$ 12,497 bilhões em seguro-desemprego foram pagos aos brasileiros no ano passado, 21,31% a mais do que em 2006

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Mais da metade (62,82%) dos beneficiários do seguro-desemprego no ano passado ganhava anteriormente a média salarial de até dois salários mínimos, de acordo com informação do Ministério do Trabalho e Emprego.

Além disso, o tempo médio de permanência no último emprego é de 2 anos e 4 meses, sendo que os trabalhadores que mais recorreram ao seguro-desemprego foram os de serviços (30,81%), comércio (26,79%) e indústria (21,59%).

Ainda em relação ao perfil dos beneficiários, o MTE aponta que 65,37% são do sexo masculino, 34,27% possuem segundo grau completo e 28,21% encontram-se na faixa etária entre 30 e 39 anos.

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Mais de R$ 12 bilhões pagos

Em 2007, mais de R$ 12,497 bilhões em seguro-desemprego foram pagos aos brasileiros, o que representa um crescimento de 21,31% frente aos R$ 10,302 bilhões do ano anterior.

O número de beneficiados, por sua vez, aumentou 4,54% no período, passando de 5,753 milhões em 2006 para 6,014 milhões no ano passado.

Por estado

São Paulo foi o estado que apresentou o maior número de beneficiados pelo seguro-desemprego em 2007, 1,688 milhões, e, conseqüentemente, o maior valor pago, R$ 3,822 bilhões. Na seqüência, vieram Minas Gerais (752.242 pessoas e R$ 1,454 bilhão) e Rio de Janeiro (482.239 e R$ 1 bilhão).

Na outra ponta, Roraima e Acre registraram os menores valores: 7.323 e 12.461 beneficiados e R$ 12,922 milhões e R$ 22,787 milhões, respectivamente.

Causas do aumento

De acordo com o MTE, apenas 7% dos trabalhadores demitidos sem justa causa (público-alvo do seguro-desemprego) são reempregados no mesmo mês da demissão. E os que passam mais de um mês sem serem absorvidos no mercado são justamente os que entram com o requerimento para o benefício.

Por esse motivo, apesar de os dados apontarem para um aumento no número de assalariados celetistas no mercado de trabalho brasileiro nos últimos anos, o elevado índice de rotatividade da mão-de-obra explica o aumento dos índices do seguro-desemprego.