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SÃO PAULO – Mesmo com a crise financeira internacional e os seus efeitos no Brasil – como a falta de crédito -, os profissionais estão confiantes em relação ao seu próprio emprego e dos familiares. Embora um crédito mais escasso possa limitar os investimentos das empresas, o que compromete as contratações.
O cenário, porém, não mexe com a confiança dos trabalhadores, conforme revelou pesquisa realizada pela Ipsos e pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) com 1 mil brasileiros. Quando questionados: “comparando com seis meses atrás, hoje você está mais ou menos confiante no que se refere ao seu emprego e de outras pessoas próximas”, 40% responderam estar muito ou um pouco mais confiante.
Talvez esta confiança venha de outro dado mostrado pela pesquisa: 67% dos entrevistados disseram que não conhecem ninguém que perdeu o emprego nos últimos seis meses, ante 32% que responderam conhecer. Dentre estas, o número médio de conhecidos que perderam o emprego foi quatro.
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É importante enfatizar que o cenário da economia internacional tem se deteriorado mais nos últimos dias, tanto que a maioria dos estudos realizados em setembro não estão refletindo a crise ainda, mas é provável que os resultados dos próximos meses já a reflitam com mais força. Esta pesquisa foi realizada entre 23 e 29 de setembro.
Futuro otimista
Os brasileiros ainda estão otimistas em relação ao futuro, uma vez que 35% disseram que a chance de perder o emprego nos próximos seis meses, por causa da situação econômica, é muito pequena ou um pouco pequena. Apenas 7% disseram ser muito grande, conforme a tabela abaixo:
Opções | Respostas |
Muito grande | 7% |
Um pouco grande | 13% |
Média | 32% |
Um pouco pequena | 22% |
Muito pequena | 13% |
Não sabe/não respondeu | 13% |
Fonte: Banco Central
Os mais confiantes estão nas classes de maior poder aquisitivo (AB), em que 38% disseram que as chances de perder o emprego nos próximos seis meses é muito ou um pouco pequena. Nas demais classes sociais, a proporção foi de 34%.
Em relação às regiões do Brasil, no Sul, 48% disseram que as chances são muito pequenas ou um pouco pequenas de perderem o emprego pela situação econômica. Na outra ponta, apenas 25% dos residentes no Centro-Oeste e Norte deram a mesma resposta.