Se inscreveu em programas de trainee? Saiba o que será analisado

Apesar de alto número de candidatos, jovens não precisam se assustar, muitos são eliminados na hora da inscrição por não atenderem requisitos necessários

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Os salários altos, a possibilidade de trabalhar fora do País e comandar uma equipe atraem milhares de jovens aos programas de trainee. Entre os meses de agosto e setembro, as empresas abrem seus processos de seleção para contratar para o início do ano. Para ajudar os candidatos a conseguirem uma vaga, o Portal InfoMoney, em parceria com a gerente de Soluções da Cia de Talentos, Cristiani Furlani, apontou algumas dicas.

A primeira, segundo a especialista, é não se assustar com o número de pessoas inscritas nos processos, isso porque muitos são eliminados na hora da inscrição porque não seguem os requisitos pedidos, como curso e ano de formação. Outros não têm conhecimento no idioma solicitado.

A segunda é conhecer bem empresa, ou seja seus valores, o tipo de negócio, se os produtos e serviços comercializados não são contra as suas crenças, além do programa de desenvolvimento de carreira que é oferecido. Para fazer esta análise, vale conversar com pessoas que trabalham ou são ex-funcionários da empresa, ler notícias em veículos de comunicação e até mesmo pedir opinião de professores das universidades.

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“Não pode se inscrever por impulso, sair se cadastrando em todos os programas que estão abertos. É importante entender se é aquilo que você espera do programa de trainee”, acrescenta Cristiani.

Na hora da inscrição
Se após esta análise, o profissional tem certeza que aquela vaga é ideal para a sua carreira, ele deve fazer a sua inscrição. Neste momento é importante avaliar duas questões:

Disponibilidade para trabalhar fora: vale observar a descrição do processo de seleção, além dos cursos pedidos, ano de formação, idade entre outros, o candidato deve analisar se realmente ele trabalharia em outra cidade, estado ou país. “Muitas são empresas com projetos internacionais e várias unidades no Brasil, em diferentes regiões, com isso os profissionais têm de ficar durante um tempo ou definitivamente em alguma unidade que não é a sua. Já vi gente desistir por isso”.

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Idioma: se a empresa pede conhecimento fluente do idioma é porque será utilizado pelo profissional em algum momento, seja em reuniões com profissionais de fora do Brasil, para trocar e-mails ou participar de projetos internacionais. “Se é exigido inglês fluente e a pessoa não tem é melhor não se inscrever”. O nível de conhecimentos será testado em algum momento, seja por provas on-line, teste oral ou redação.

Passo a passo
Com a inscrição feita, começa o processo de avaliação. Para escolher o melhor candidato as empresas utilizam de várias ferramentas, como teste on-line, painéis de negócios, entrevistas com o Recursos Humanos, entre outros. Saiba o que é avaliado:

Teste on-line: existem vários modelos que testam geralmente raciocínio lógico e conhecimento em idiomas. Na hora de fazer o teste, é importante estar descansado e fazer a prova em um lugar tranquilo, sem barulho que possa atrapalhar. Outra dica valiosa é não deixar para fazer o teste no último dia e muito menos na última hora, pois imprevistos acontecem, como a falta de luz ou problemas com a internet.

Etapa presencial em grupo: nesta fase é analisado as competências dos profissionais, por meio de dinâmicas e atividades em grupo que refletem o cotidiano do mundo corporativo. Este é o momento que as consultorias identificam quais características que os candidatos têm e que se encaixam com o perfil pedido. Nesta fase, muitos são eliminados, não por não serem bons o suficiente, mas por não estar no perfil que a empresa deseja.

Painel: o próximo passo é dividir os candidatos por área para realizar atividades em grupos. Nesta etapa, há um gestor da empresa que analisará os participantes, não é obrigatória que seja o gestor direto do profissional caso ele seja aprovado, já que pode ser alguém de outra unidade da empresa. Vale destacar que a consultoria não tem um número fixo de candidatos têm que passar para a próxima fase. De acordo com Cristiani, quanto mais melhor. “Eu prefiro ter excesso de bons candidatos do que falta”.

Entrevistas individuais: esta é a última etapa. Nesta fase, os candidatos conversam com o recrutador e com o gestor direto. A avaliação final é feita em conjunto.