Satisfação com o chefe motiva mais do que salário, diz pesquisa

Para 65% dos profissionais, a identificação com os valores da empresa e o sentimento de valorização são mais importantes do que salário

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Estar satisfeito com o chefe motiva mais os profissionais do que o salário. É o que revela uma pesquisa realizada pela MSW Research para a Dale Carnegie Training, empresa de treinamento e desenvolvimento de habilidades interpessoais no ambiente corporativo.

Segundo os dados, a relação com o chefe direto é crucial para que a pessoa se sinta engajada à função que exerce. Apenas 3% dos profissionais que estão insatisfeitos com sua chefia imediata se dizem engajados no trabalho. Já entre os que se dizem muito comprometidos com suas atividades, 55% estão plenamente satisfeitos com seus superiores.

Para 65% dos profissionais, a identificação com os valores da empresa e o sentimento de valorização são mais importantes do que salário. Destes, dois terços declararam que estão dispostos a fazer um grande esforço para que sua empresa atinja as metas estipuladas. Além disso, 64% dos trabalhadores engajados afirmam que o salário não é a principal razão para permanecerem no emprego.

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Metade dos que se declaram desengajados mudaria de emprego caso a nova proposta representasse um aumento salarial de apenas 5%. Por outro lado, apenas um quarto dos funcionários engajados consideraria trocar sua vaga atual, mesmo que o aumento oferecido fosse de 20%.

O que o chefe tem
Entre os líderes que engajam a sua equipe, destacam-se qualidades como esclarecimento com que exercem suas atividades e se relacionam com os demais. Os chefes considerados ansiosos mantém 41% de sua equipe engajada, enquanto os mais confiantes mantém esse índice em 53%.

De acordo com o levantamento, o mesmo vale para a relação do profissional com a diretoria da empresa: daqueles que estão insatisfeitos com a gestão, apenas 2% se dizem completamente motivados com a atividade exercida. Já entre os que estão satisfeitos com a liderança, 62% garantem ser altamente comprometidos com seus cargos. Os dados coletados no Brasil correspondem ao que foi constatado internacionalmente.