Saques do FGTS no primeiro semestre somaram R$ 19,8 bilhões

Segundo a CEF, de janeiro a junho, 13,3 milhões de trabalhadores sacaram dinheiro das contas do fundo

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – No primeiro semestre, 13,3 milhões de trabalhadores sacaram das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) um montante de R$ 19,8 bilhões.

Dados divulgados nesta quinta-feira (14) pela CEF (Caixa Econômica Federal) mostraram que, no mesmo período, foram pagos a 16,2 milhões de trabalhadores um total de R$ 7,7 bilhões em benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, PIS quotas e rendimentos.

Além disso, 27 milhões de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram concedidos nos seis primeiros meses do ano, correspondentes a R$ 15,2 bilhões.

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Uso do FGTS

Os financiamentos habitacionais com recursos do FGTS somaram R$ 5,4 bilhões no período, dos quais estão considerados os subsídios concedidos para estes contratos.

A carteira habitacional total da CEF apresentou saldo de R$ 36,7 bilhões e contratações no montante de R$ 9,1 bilhões, valores, respectivamente, 27% e 34% superiores aos registrados no primeiro semestre do ano passado.

Os financiamentos com recursos das cadernetas de poupança somaram R$ 3,5 bilhões, com acréscimo de 34,7%, quando comparadas com o primeiro semestre de 2007.

Concessão de crédito

Quando consideradas todas as modalidades de crédito, e não somente o habitacional, a CEF concedeu R$ 12,3 bilhões às pessoas físicas no primeiro semestre, montante 22,2% maior na comparação com o mesmo período de 2007.

Com um total de R$ 9,5 bilhões concedidos às pessoas jurídicas nos seis primeiros meses do ano, um aumento de 32,85% em relação ao mesmo período de 2007, o saldo total das operações de crédito do banco ficou em R$ 58,1 bilhões. As operações comerciais totalizaram R$ 21,9 bilhões, 26,6% a mais do que as registradas no primeiro semestre de 2007.

O crescimento no crédito, segundo informou a CEF, foi acompanhado pela melhoria na qualidade das operações, uma vez que 68,6% dos financiamentos foram classificados nas faixas AA e B, ante 65,2% de janeiro a junho de 2007.