Funcionária do Google cria tabela com salários e revela grandes diferenças

Embora seja ilegal nos Estados Unidos criar politicas que impeçam os funcionários de compartilhar e discutir dados de salário entre si, muitas empresas acabam adotando a prática

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Uma funcionária do Google nos Estados Unidos criou uma planilha na qual os funcionários podiam colocar o quanto ganhavam, algo que era contra a política da empresa – e que acabou revelando informações não tão boas sobre o assunto.

Embora seja ilegal nos Estados Unidos criar politicas que impeçam os funcionários de compartilhar e discutir dados de salário entre si, muitas empresas acabam adotando a prática. É o caso do Google, onde há grandes disparidades salariais entre funcionários no mesmo nível. 

Como Erica Barker, a responsável pela planilha, contou em seu perfil no Twitter, os funcionários que também colocaram seus salários na tabela gostaram tanto da ideia que começaram a premiá-la com “bônus de pares” – no Google, quando algum colega faz algo bom, um colega pode enviar um bônus de US$ 150, que será acrescentado ao próximo salário, contanto que o supervisor aprove.

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E, não feliz com o que Erica havia trazido para a empresa, já que revelou a desigualdade de salários, sua supervisora baniu todos os bônus e inclusive a ameaçou com uma demissão – a qual Erica contornou bem, lembrando que era ilegal proibir que funcionários discutam seus salários. Segundo Erica, 5% da empresa havia colocado o valor de seu salário quando ela deixou a empresa para ser engenheira do aplicativo Slack.

No mais recente livro do diretor de RH do Google, Laszlo Bock, ele conta que o Google realmente paga de maneira desigual. Pessoas que possuem o mesmo emprego podem ter salários muito diferentes, dependendo do quanto contribuem.

Em e-mail ao site Quartz, o Google comentou o caso: “Nossa política é não de comentar sobre os funcionários ou ex-funcionários, mas podemos confirmar que nós regularmente analisamos a compensação, promoção e performance para garantir que eles sejam equitativos e sem nenhuma disparidade salarial. Os funcionários são livres para compartilhar entre si os salários, se escolherem”.

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A história toda pode ser acompanhada através dos tweets de Erica, disponíveis no Storify, em inglês.