Salários: executivo brasileiro ganha mais que norte-americano e europeu

Segundo pesquisa da consultoria Hay Group, executivo do País ganha 21% a mais do que os do Estados Unidos e da Alemanha

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Os executivos brasileiros possuem uma remuneração superior na comparação com os profissionais do mesmo nível que atuam nas empresas americanas e européias.

A pesquisa “Remunerando no Brasil 2007/2008”, realizada pela consultoria de gestão de negócios Hay Group e divulgada nesta segunda-feira (16), mostrou que, na média de salário base em dólar, o executivo brasileiro ganha 21% a mais do que os profissionais nesse mesmo cargo nos Estados Unidos e na Alemanha. O levantamento foi realizado com 200 companhias.

Primeiro executivo

Quando analisado o profissional do topo da empresa, é possível dizer que a diferença de seu salário com o do funcionário do chão da fábrica é maior no Brasil do que em outros países. Essa diferença é que explica a maior remuneração de executivos no País, na comparação com as outras nações analisadas.

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“Considerando o salário base médio na empresa brasileira, o primeiro executivo
ganha 80 vezes mais que um funcionário de chão da fábrica, enquanto que, na companhia de origem americana, essa diferença chega a 42 vezes e, na européia, a 22″, afirma o diretor do Hay Group, Cláudio Costa.

A diferença de salários pode ser explicada também pelos níveis hierárquicos ocupados. “O primeiro executivo de uma empresa nacional reporta-se diretamente ao board [comissão de diretores] e, na multinacional estrangeira, esse executivo pode estar no terceiro ou quarto nível da estrutura global”, explica.

Benefícios a executivos

A pesquisa revelou ainda que, entre 2007 e 2008, no Brasil, 99% das empresas concediam benefícios de curto prazo aos executivos, proporção 18% maior na média entre 2006 e 2007. Além disso, 87% oferecem participação nos lucros, 69% dão bônus e 56%, um mix de incentivos.

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A prevalência de programas para os níveis abaixo do executivo é limitada no País, tanto nas organizações brasileiras quanto nas multinacionais estrangeiras. No entanto, nas empresas nacionais, o investimento nesses programas vêm aumentando.

“As multinacionais, por sua vez, estão presas às práticas corporativas desenvolvidas em suas matrizes, em que muitas vezes apenas o primeiro executivo é elegível a este tipo de programa”.