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SÃO PAULO – A combinação de maior crescimento econômico mundial e estabilidade na inflação deve permitir que as empresas consigam reajustar os salários de forma mais significativa em 2006 do que em 2005.
A conclusão faz parte do estudo “Pesquisa Salarial 2006” elaborado pela consultoria norte-americana Mercer Human Resources Consulting, divulgado nesta segunda-feira (03). Em seu relatório, a MHRC avaliou as tendências do mercado de trabalho em cerca de 70 países, dentre os quais o Brasil.
Em 2006, a consultoria prevê que os salários globais devem sofrer um reajuste real, ou seja, acima da inflação, de 2,4% em 2006. Isso representaria um aumento em relação ao reajuste concedido em 2005, que ficou em 1,9% acima da inflação.
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No Brasil, reajuste de 1% a 2%
O estudo projeta um aumento de 7,5% para os salários no Brasil em 2006. Uma vez descontada a inflação prevista de 4,6%, o reajuste, em termos reais, cai para cerca de 2,8%. Apesar disso, o estudo prevê que os reajustes, em termos reais, no Brasil devem variar entre 1% e 2%, pois é provável que a expectativa de inflação seja elevada.
Para o consultor da Mercer no Brasil, Ivan Marc Farber, apesar do risco da inflação ficar acima do previsto, em 2006 os aumentos salariais devem permanecer um pouco acima dos índices de inflação.
O estudo ressalta que, em geral, os aumentos salariais concedidos em países da América Central e do Sul sejam maiores; eles acabam sendo compensados pelo fato de que a inflação na região também é mais elevada.
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Maior reajuste será na Índia
Nos EUA, por exemplo, ainda que a economia esteja crescendo, a expectativa é de que os salários sejam reajustados em 3,6%, frente a uma inflação de 2,6%. Para o líder global da área de Human Capital da Mercer, Robin Ferracone, as empresas norte-americanas utilizam a remuneração variável como forma de reter talentos, e lutam para pagar salários mais altos para o resto dos funcionários.
Por sua vez, na União Européia (UE), a expectativa é de que os salários sejam reajustados em 2% acima da inflação. Os maiores aumentos em termos reais previstos devem ser praticados, respectivamente, na Índia (7,3%), Egito (7,1%) e Lituânia (5,5%).