Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 1.402,63, afirma Dieese

Este deveria ser o salário mínimo de um trabalhador para ter acesso à moradia, alimentação, educação, saúde, transporte etc

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O brasileiro deveria ter recebido um salário mínimo de R$ 1.402,63 para se manter no mês de março. A constatação é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) feita em sua Pesquisa Nacional da Cesta Básica divulgada nesta quinta-feira, dia 1º de abril.

O Dieese parte do preceito constitucional que diz que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção do trabalhador e de sua família, incluindo os gastos com alimentação, moradia, educação, saúde, vestuário, transporte, higiene, lazer e previdência social. Baseado nestes dados, o instituto estima o menor valor pago necessário mensalmente.

Considerando que o valor do salário mínimo vigente é de R$ 240, nem é preciso muito esforço para se concluir que é impossível viver com este montante. Sendo assim, o salário mínimo sugerido pelo Dieese corresponde a cerca de 5,8 vezes o valor vigente.

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Jornada de trabalho

No que se refere à jornada trabalhada para se conseguir comprar uma cesta básica, os números apresentaram declínio. Segundo o Dieese, o fato decorreu das quedas de preços de gêneros de primeira necessidade verificadas em março, que predominaram a pesquisa.

Em fevereiro, um trabalhador que recebia um salário mínimo precisou cumprir uma jornada de 138 horas e 31 minutos para adquirir os produtos da cesta básica nas dezesseis capitais. Já em março, o tempo exigido era de 137 horas e 19 minutos. Na comparação com março do ano passado, a jornada é bastante inferior, pois naquele mês era preciso trabalhar 169 horas e 52 minutos.

Por último, a pesquisa mostrou ainda que o gasto médio do brasileiro com a compra de produtos básicos no mês de março correspondeu a 67,59% do salário mínimo líquido (depois do desconto da contribuição previdenciária). Em fevereiro, este percentual atingia a marca de 68,18%. Analisando março de 2003, o percentual ficava em expressivos 83,61%. Vale lembrar que a pesquisa considera a média nas dezesseis cidades brasileiras analisadas.