Salário médio de brasileiro que estudou mais caiu em seis anos

Renda média daqueles com mais de 11 anos de estudo chegou a cair 12,76% entre 2002 e 2008, segundo Ipea

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Apesar de ganharem mais, os profissionais com mais anos de estudo viram o rendimento médio de seu trabalho diminuir entre os anos de 2002 e de 2008, revelaram dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgados nesta quinta-feira (13).

Em 2002, o salário médio dos profissionais que tinham entre nove e 11 anos de estudo era de R$ 962,49, mas passou a R$ 913,51 em 2008, o que representa uma queda de 5,09% em seis anos. O salário médio daqueles com mais de 11 anos de estudo, por sua vez, caiu ainda mais, chegando à queda de 12,76%, ao passar de R$ 2.607,79 em 2002 para R$ 2.275,14 em 2008.

Devido ao ganho real de 36,9% do salário mínimo entre 2002 e 2008, os profissionais com até quatro anos de estudo tiveram o maior avanço da média salarial no período, de 1.276%, ao passar de R$ 481,91 para R$ 541,63. Aqueles com escolaridade entre cinco e oito anos registraram aumento de 7,82%: de R$ 645,14 em 2002 para R$ 695,56 há dois anos.

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Por setor
De acordo com os dados, entre os funcionários públicos, aquele que teve o maior aumento no salário médio foram os policiais e bombeiros, com alta de 16,15% entre 2002 e 2008, de R$ 1.708,12 para R$ 1.844,97.

Quando analisados os profissionais das Ciências e Artes, por sua vez, somente os de ciências sociais e humanas registraram aumento no período, de 4,54%, ao passar de uma renda média do trabalho de R$ 2.513,48 para R$ 2.627,58.

Entre os profissionais de nível técnico, destaque para os técnicos de transporte, com alta de 32,41%, uma vez que a renda média dessas pessoas passou de R$ 2.213,70 para R$ 2.931,19. No setor de serviços, o aumento chegou a ser de 14,18% (trabalhadores dos serviços) e, na indústria, de 30,5% (operadores de instalações de energia e água).