Salário médio de admissão dos brasileiros cresce 23% em sete anos

Salário de admissão é menor do que de demissão, o que explicaria o movimento da substituição da mão-de-obra nas empresas

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O salário médio inicial dos brasileiros cresceu 23,16% em sete anos, de acordo com dados divulgados na quinta-feira (16) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

Em 2003, o salário médio do brasileiro ao ser admitido pelas empresas era de R$ 605,57, mas passou a R$ 754,80 no primeiro semestre deste ano, um aumento de R$ 149,23.

Comparando com o salário médio de demissão dos profissionais com carteira assinada, no primeiro semestre deste ano, de R$ 754,79, a remuneração média inicial é R$ 103,79 menor, o que explica, de acordo com o ministro do Trabalho, o movimento de substituição da mão-de-obra nas empresas, que demitem um colaborador para admitir outro para a mesma função.

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“Inicialmente, tendo a acreditar que a alta rotatividade no mercado brasileiro, que contrata e demite milhões de pessoas todo mês, se dá porque os contratados têm salário menor que os demitidos. Imagino que valha à pena para o empresário arcar com custos da demissão, levando em conta que os funcionários mais antigos incorporam reajustes salariais aos seus vencimentos”.

Região e gênero

O maior salário médio de admissão, no primeiro semestre de 2009, esteve em São Paulo (R$ 862,07), seguido por Rio de Janeiro (R$ 843,96), Distrito Federal (R$ 801,79), Acre (R$ 748,25) e Rondônia (R$ 723,47).

Os menores salários médios de admissão estiveram, no primeiro semestre deste ano, nos estados do Piauí (R$ 568,98), Paraíba (R$ 577,04) e Rio Grande do Norte (R$ 587,42). Acre e Rondônia também se destacam em crescimento dos salários médios iniciais, que tiveram alta de 63,69% e 55,03% em sete anos.

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Em relação ao gênero, no primeiro semestre deste ano, os homens tinham um salário médio inicial de R$ 776,78, contra R$ 687,58 para as mulheres. O crescimento desde 2003 foi de 25,08% para eles e de 20,23% para elas.

A maior diferença está no Rio de Janeiro, onde as mulheres têm salário médio de admissão R$ 169,55 menor que os homens, em média. A menor diferença está em Sergipe: R$ 1,6. Em nenhum estado as mulheres têm salário médio de admissão maior que os homens.