Saiba qual é o perigo de trabalhar com chefes egocêntricos

Pessoas com esta característica centralizam as atividades e prejudicam o desempenho da equipe

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Trabalhar com profissionais que só pensam em si próprios dificulta o andamento das atividades dentro da empresa. A situação piora quando esta pessoa ocupa um cargo de liderança.

A professora da Pós-Graduação em Gestão de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e sócia-diretora da FM Consultores, Fátima Motta, afirma que estes chefes apresentam dificuldade em entender o trabalho de sua equipe.

“Uma pessoa egocêntrica não consegue olhar para as outras pessoas”, diz.

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O presidente da De Bernt Entschev, Bernardo Entschev, explica que isso faz com que este líder centralize todas as operações em torno dele. “Este chefe sofre da síndrome de Júlio César, por isso, todas as conquistas e vitórias são atribuídas a ele. O relacionamento com esta pessoa é muito difícil”, declara.

Alta rotatividade
Como este chefe não valoriza a sua equipe e centraliza todas as tarefas, os integrantes desta equipe buscam novas oportunidades, levando a empresa a ter alta rotatividade.

De acordo com Entschev, os profissionais que têm um gestor egocêntrico dificilmente são promovidos, porque, na visão do chefe, o comportamento e as atitudes desta pessoa devem ser parecidos com os dele. Mas, como ele é o único que gera resultados, ninguém receberá aumento ou subirá de cargo.

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A professora Fátima diz ainda que esta equipe fica desestimulada e não produz o máximo que deveria. “Com certeza, esta equipe pode chegar a um resultado melhor, mas ela fica enfraquecida. O líder egocêntrico miniminiza o poder da equipe. Ela gera resultado, mas é inferior a sua capacidade”, alerta.

Como lidar
Além de tudo, normalmente o gestor egocêntrico não aceita críticas, o que dificulta o feedback por parte dos profissionais. Caso tenha surgido a oportunidade, é importante abordar o assunto com calma e sensibilidade.

Se o feedback não for suficiente, Entschev indica que haja um trabalho que envolva o setor de RH (Recursos Humanos) e até mesmo o dono da empresa. “Esse tripé pode ajudar. Vale lembrar que todo mundo pode mudar um dia”, afirma.

Já Fátima aconselha ainda que, ao sugerirem uma ideia, os profissionais procurem mostrar ao chefe que aquela ação beneficiará também o trabalho dele. “Mostre para o chefe que aquilo também será bom para ele”, diz.