Saiba o que a renúncia de Bento XVI pode ensinar aos líderes corporativos

Professora da Harvard afirma que as pessoas não costumam pensar como é duro ser um líder

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (27), o papa Bento XVI fez a última audiência pública de seu pontificado. Amanhã, ele deixará seu posto. A renúncia do pontífice, segundo a professora e historiadora da liderança na Escola de Administração de Empresas da Universidade Harvard, Nancy Koehn, traz lições aos líderes do mundo empresarial.

A primeira, de acordo com uma entrevista publicada pelo “Harvard Business School Publishing”, é sobre a importância da resistência e do vigor físico, da capacidade de manter a energia pessoal em nível elevado e saudável de maneira muito consistente.

“É incrível como isso é difícil – e não é um problema específico do papa. Esse tipo de problema afeta todos, mas não se fala muito sobre isso. Não falamos sobre a força física, mental e emocional que um líder tem de ter.”

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O segundo ensinamento é como é extraordinariamente difícil prover liderança eficaz. Ele é líder de mais de 1 bilhão de pessoas. O seu trabalho é difícil. Ainda há denúncias de abuso e escândalo dentro da organização. A professora explica que a renúncia parece distante, mas analisada com mais atenção não é.

“Ela se deve a tudo que um líder precisa enfrentar e ao fato de que isso não vai mudar. Ao contrário: Bento XVI está renunciando porque é improvável que as coisas melhorem para ele amanhã.”

A dureza de ser líder
Nancy Koehn afirma ainda que as pessoas não costumam falar como é duro ser um líder, porque gostam de acreditar, de maneira bastante romântica, que a questão de liderança está relacionada a uma qualidade nata. “Que os líderes são mais que humanos. Que são feitos de um material diferente, desceram do Olimpo para nos ajudar.”

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Ela explica que as pessoas acreditam nisso porque é uma maneira de entusiasmar-se e que isso leva a desejar a trabalhar com esses líderes. “Isso estimula nossa esperança de que as pessoas dotadas de poder tenham um grande senso de responsabilidade, e possam oferecer respostas que não conseguimos ver.”