Retenção de talentos: receitas conhecidas pelo mercado não bastam

É recorrente a reclamação de que a avaliação de desempenho é meramente burocrática, às vezes baseada em aspectos subjetivos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As empresas enfrentam, cada vez mais, o desafio de recrutar e reter os melhores talentos. Para o presidente da Mariaca, uma das principais empresas de gestão de capital humano no País, Marcelo Mariaca, o pacote de benefícios – salários, benefícios, oportunidades de aprimoramento educacional e de experiência internacional – é importante, mas não basta.

Os líderes precisam impor uma política consistente de promoções, mesmo que laterais, pois estas oferecem aos profissionais contratados a chance de atuar em outras áreas ou países. Para se ter uma idéia, os rankings das melhores empresas para trabalhar, tanto brasileiras quanto estrangeiras, indicam que os profissionais mais talentosos optam por empresas que, mais do que a recompensa financeira, garantem desafios constantes, crescente responsabilidade aos gestores, ampliação das experiências.

Outras medidas vitais

É essencial também criar processos mais objetivos e transparentes de avaliação de desempenho. Ainda é recorrente a reclamação das pessoas de que a avaliação é meramente burocrática, muitas vezes baseada em aspectos subjetivos.

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Aqui, o parâmetro deve ser as metas que o executivo deve alcançar, para que elas funcionem como uma ferramenta valiosa para ajudar o direcionamento de sua carreira, melhorando o desempenho dentro da empresa e analisando seu potencial para encarar novos desafios.

Na avaliação de Mariaca, em alguns casos, o problema não reside no gestor, mas nas metas ambiciosas e pouco realistas estabelecidas pelas empresas. Acontece que os profissionais preferem trocar de empresa, não por conta da remuneração, mas simplesmente por falta de reconhecimento, escassez de oportunidades de crescimento, de promoções ou sentimento de que não podem desenvolver todo o seu potencial para ajudar a empresa a atingir seus objetivos.

Liderança

Também não é de hoje a percepção de que os líderes necessitam identificar o potencial de seus liderados, se quiserem que eles permaneçam na empresa. Para tal, pode ser preciso mudar as pessoas de função, com o intuito de que elas desenvolvam seus talentos, e premiar adequadamente aqueles com bom desempenho.

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Recrutar as pessoas certas para cada uma das vagas e reter talentos tornaram-se diferenciais diante de um mercado globalizado e extremamente competitivo, no qual mercadorias e serviços viraram commodities. O capital humano, e não o financeiro, é que levará o negócio adiante.