Retenção de pessoas é o maior desafio das empresas em 2012, segundo pesquisa

Após a perda de profissionais em 2011, 33,5% das empresas apostam no desenvolvimento dos talentos para reter mão de obra

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Após a perda de importantes profissionais experimentada no último ano, boa parte das empresas brasileiras tem apostado na retenção de talentos como a principal alternativa para driblar a falta de mão de obra qualificada no País. De acordo com uma pesquisa da Robert Half divulgada na segunda-feira (16), por exemplo, a expectativa é que 33,5% dessas companhias apostem em seus funcionários oferecendo melhores salários (29,5%) e outras promoções (28%).

O levantamento traz ainda dados referentes às novas contratações. Segundo a empresa de recrutamento, mesmo com a fuga de profissionais, mais da metade das empresas entrevistadas ainda pretende aumentar o número de funcionários neste ano, utilizando para isso a reputação da companhia no mercado (32,6%), um produto ou marca interessante (28,4%) e até mesmo a cultura da organização (15,6%) como ferramenta.

Adeus à concorrência
E vale tudo para driblar a concorrência, especialmente porque, entre os 1.400 profissionais entrevistados nessa segunda etapa da pesquisa, mais da metade chegou a afirmar que aceitaria uma proposta para trabalhar na concorrente.

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“A aceitação aumentou para 73%, quando a proposta era de uma instituição não concorrente”, revela a Robert Half.

Problemas
Entre os problemas relatados pelo diretor da Robert Half no Brasil, Fernando Mantovani, para a formação de tal cenário, estão a contratação, a retenção e a qualificação dos profissionais. A situação se agrava mais quando analisado o futuro, já que, segundo o executivo, tais entraves devem se manter ainda até a próxima década.

“A falta de perspectivas de crescimento na empresa e a falta de oportunidades de desenvolvimento foram as principais insatisfações declaradas pelos colaboradores em relação às práticas de RH”, detalhou a pesquisa.

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E é por isso que a retenção de profissionais tem sido tão valorizada. “Esse será o principal desafio a ser enfrentado este ano pelos profissionais brasileiros de Recursos Humanos”, informou a Robert Half.

2011: grandes perdas
Em 2011, a perda de profissionais afetou, e muito, o desempenho das companhias. Para se ter uma ideia, 20,3% dos entrevistados apontaram que o principal problema da área de Recursos Humanos foi a perda de funcionários, seguida da falta de participação do RH na agenda estratégica da empresa (19,5%) e de uma política de remuneração e benefícios inadequada (18,6%).

Já para 20% dos entrevistados, a falta de perspectiva de crescimento na empresa foi o principal motivo que os levaram a procurar novas oportunidades. Contudo, 18,4% afirmaram buscar outros empregos por conta da defasagem salarial.

A pesquisa
Dividida em duas etapas, a pesquisa da Robert Half coonsultou em sua primeira fase 165 executivos de RH e, em sua segunda parte, outros 1.400 profissionais.