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SÃO PAULO – De acordo com o professor de MBA do Ibmec São Paulo, Jean Bartoli, a mentalidade da sociedade moderna é muito mais individualista, o que acirra o conflito de interesses, inclusive no campo profissional. Por isso, o desafio da vida executiva atual é conciliar a busca pelos objetivos pensando também no outro.
“O grande dilema é até que ponto você consegue harmonizar a busca por resultados e a justiça no relacionamento humano, baseado na confiança e na verdade. A todo o momento o profissional enfrenta esse desafio”, disse.
Aceitação
Ainda segundo Bartoli, quando o profissional aceita o dilema, ele até tenta enfrentá-lo, mas existem pessoas que o negam e pensam apenas no benefício próprio. “O problema é que as pessoas não conseguem olhar para o interesse das duas partes”, afirmou.
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Para exemplificar a situação, ele cita o que acontece quando um líder conduz uma equipe: até que ponto ele sacrificaria o bem estar dos membros para alcançar os resultados exigidos pelo superior direto? Ele não pode somente pensar que deve entregar o trabalho, mas se os subordinados conseguirão realizá-lo.
Para o professor, o equilíbrio não é difícil de achar quando se quer. “É apenas negociar de acordo que todas as partes saiam satisfeitas. Atentar mais ao próprio comportamento e ver o lado do outro, tentar entender o outro”.
Não seja tão bonzinho…
É claro que pensar na outra parte é importante, mas ser generoso a todo o momento não é a solução para se dar bem no mercado de trabalho.
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Na verdade, ao ajudar os outros, o profissional pode estar colocando em risco seu emprego. Para o consultor de recrutamento da Case Consulting, Paulo Brinholi, a palavra “bonzinho” tem uma conotação negativa. Geralmente, é a qualidade daquele que aceita tudo e, às vezes, erra no quesito proatividade.