SÃO PAULO – O rendimento médio real da população ocupada aumentou 5,7% em novembro, no confronto com o mesmo mês de 2009, chegando a R$ 1.516,70. Já na comparação com outubro deste ano, o valor registrou queda de 0,8%.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira (17), fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas seis principais regiões metropolitanas do País.
Rendimentos por região
Frente a novembro do ano passado, todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta no rendimento médio real da população ocupada.
No período, Recife registrou a maior variação, de 24,02%. Em novembro do ano passado, a população ocupada da capital pernambucana recebia, em média, R$ 926,58. No mês passado, o valor passou para R$ 1.149,10.
Apesar de ter registrado a maior variação do período, o valor do rendimento médio da população ocupada de Recife apurado em novembro é o menor dentre as capitais.
Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre também registraram aumentos frente a 2009, de 7,38%, 4,80%, 12,82%, 0,21% e 7,60%, respectivamente, sendo que o Rio de Janeiro tem o maior rendimento dentre as capitais, de R$ 1.616,60.
Na comparação com outubro deste ano, apenas Porto Alegre registrou aumento no rendimento médio da população ocupada, de 1,80%.
Recife (-0,27%%), Salvador (-3,56%), Belo Horizonte (-3,26%), Rio de Janeiro (-0,16%) e São Paulo (-0,73%) foram responsáveis pelos outras três marcas de queda durante o período.
Autônomos, formais e informais
Na comparação anual, o rendimento médio das pessoas que trabalhavam por conta própria apresentou acréscimo de 9%. Na comparação mensal, houve recuo de 0,7%. Em novembro, o rendimento médio desses trabalhadores ficou em R$ 1.282,90.
Já o rendimento médio dos empregados do setor privado sem registro ficou em R$ 1.070,10 e apresentou uma elevação de 11,6% frente a novembro de 2009 e baixa de 1% sobre o décimo mês de 2010.
Para quem trabalha no setor privado com carteira assinada, os rendimentos se mantiveram na comparação anual, e queda de 1,3%, na comparação com outubro. Em média, o salário desses trabalhadores ficou em R$ 1.385,00 em outubro.
Renda por atividade econômica
No confronto anual, dentre as atividades econômicas analisadas, todas registraram incremento no rendimento médio da população ocupada.
Os trabalhadores da Construção civil foram os que tiveram o maior ganho no período, de 17%. Serviços domésticos registrou a segunda maior alta, 7,8%.
Já os profissionais do grupo Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social apresentaram ganhos 6,6% maiores no rendimento. Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis apresentaram alta de 5,4%.
Outros segmentos também apresentaram aumentos: Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), com alta de 4,2%; Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água sentiram queda nos rendimentos médios, com alta de 3,6%; e Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, com alta de 0,4%.