Renda mensal do trabalhador brasileiro cai 1,8% em abril, diz IBGE

Salário real médio passou de R$ 955,44 para R$ 938,70 entre março e abril; comparação anual registra alta de 0,8%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O rendimento médio do trabalhador brasileiro caiu 1,8% no último mês, passando de R$ 955,44, em março, para R$ 938,70 em abril. No confronto anual, porém, houve recuperação de 0,8%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quarta-feira, dia 25, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e realizada junto às seis principais regiões metropolitanas do País.

Vale lembrar que o resultado do estudo é pior que o apontado no mês de março, quando a renda real da população ocupada havia registrado uma leve alta de 0,5% em relação a fevereiro e de 1,7% na comparação com o mesmo mês de 2004.

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Variações divididas na análise mensal

Nas regiões pesquisadas pelo IBGE, a renda real do trabalhador aumentou somente em Recife (4,8%), que se recuperou da queda de 3,1% verificada em março, e em Belo Horizonte (1,4%). A situação foi inversa em metrópoles como São Paulo (-3,3%), Rio de Janeiro (-1,1%), Salvador (-1,5%) e Porto Alegre (-1,5%).

Em 12 meses, a queda no rendimento foi notada em Salvador (-2,4%), Rio de Janeiro (-1,9%) e Porto Alegre (-2,0%). Por outro lado, em Recife (9,8%), Belo Horizonte (5,2%) e São Paulo (1,5%), o trabalhador sentiu diferença positiva no bolso no último ano.

Informais, com menor salário, estão ganhando mais

Entre as três categorias de posição na ocupação, a maior alta ficou novamente com os trabalhadores sem carteira assinada do setor privado, que tiveram um rendimento 4,0% maior em comparação a abril de 2004. Ainda assim, a remuneração média é a mais baixa entre as categorias: passou de R$ 581,33 para R$ 604,60.

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Já o rendimento médio dos trabalhadores por conta própria mostrou queda de 2,9% na comparação anual, recuando de R$ 755,41, em 2004, para R$ 733,30 no último mês.

Finalmente, os trabalhadores do setor privado com carteira assinada – que têm a maior base salarial – tiveram seu rendimento médio ajustado para baixo em 2,6%, chegando a R$ 946,70. Em abril do ano passado, a renda estava em R$971,84.

Renda por ramos de atividade

Os dados confrontados com março revelam um aumento de 3,4% nos salários da construção civil. Por outro lado, a indústria como um todo remunerou quantias 2,9% menores.

Na base comparativa anual, por sua vez, o maior aumento – de 6,6% – coube aos serviços (transporte, limpeza, alojamento e pessoais) e o maior recuo ficou com a construção (-4,6%). Assim, os salários médios chegaram, respectivamente, a R$894,70 e R$ 691,80 em abril de 2005.

Os valores absolutos extremos de remuneração entre as categorias ficaram fixados em R$ 1.311,70 (educação, saúde, administração pública, defesa e seguridade social e serviços sociais) e R$ 325,50 (serviços domésticos).