Renda dos trabalhadores da RMSP cresce 1,7% em julho, revela Seade/Dieese

Salário médio pago no setor privado teve alta idêntica, com destaque para a Indústria (3,4%) e mercado formal (3,3%)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os rendimentos da população ocupada da região metropolitana de São Paulo cresceram 1,7% em julho, na comparação com junho, subindo para uma média de R$ 1.057. Sobre julho do ano passado, há queda de 0,7% nos ganhos mensais.

Os dados fazem parte da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgada nesta quarta-feira (21) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos). Vale dizer que os rendimentos analisados foram pagos em agosto, mas se referem à remuneração de julho.

Indústria puxou salários do setor privado

A alta nos valores médios pagos às pessoas ocupadas na região metropolitana de São Paulo decorre principalmente do aumento de 1,7% nos rendimentos de assalariados da iniciativa privada, o que elevou seus ganhos para R$ 1.063, ante os R$ 1.045 registrados em junho. Em 12 meses, a elevação atinge 2,1%.

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Dentro deste grupo de profissionais, a maior elevação em julho ocorreu na Indústria, em que as remunerações dos funcionários aumentaram 3,4% sobre o mês anterior, ficando em R$ 1.300, a maior cifra apurada no total de ocupados do setor privado. No último ano o crescimento é quase o dobro, de 6,2%

O segmento de Serviços protagonizou a segunda alta nos rendimentos de seus trabalhadores, com variação de 1,9% e ganhos médios estimados em R$ 1.026 diante de junho, e retração de 0,7% sobre julho de 2004.

Os empregados do Comércio, por sua vez, apresentaram variação negativa em seus salários médios de julho (-2,6%), uma vez que os valores pagos passaram de R$ 794 para R$ 774 na relação mensal. Em relação a julho de 2004, os comerciários estão recebendo 2,3% menos.

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Na mesma direção, os trabalhadores autônomos não têm o que comemorar e viram a renda mensal recuar 1,9% de junho para julho, com a média de salário chegando a R$ 724.

Mercado formal e informal

Os assalariados informais, que não possuem carteira de trabalho assinada, tiveram uma significativa queda de 6,9% em seus ganhos de julho, fazendo com que a média dos salários caísse para R$ 717. Os profissionais formalizados, por sua vez, viram sua remuneração aumentar 3,3% no mês e subir para R$ 1.172.

Diante do ano anterior, o comportamento dos salários das duas posições fica assim: alta de 2,1% no que se refere aos pagamentos dos trabalhadores registrados; e queda de 1,3% entre os assalariados sem carteira.

Salários das mulheres subiram mais no mês

A disparidade salarial existente entre homens e mulheres foi reduzida mais uma vez em julho, tendo em vista que os ganhos mensais da população ocupada do sexo masculino ficaram estáveis ao aumentar apenas 0,3% no período, passando para R$ 1.255, enquanto os rendimentos femininos cresceram 4,3% chegando a um valor médio estimado em R$ 817.

Por outro lado, ao se considerar a comparação com 2004, constata-se que no longo prazo a desigualdade tem aumentado, já que a remuneração dos homens caiu apenas 0,2% em 12 meses, ao passo que a das mulheres diminuiu em 1,7%.