Renda dos brasileiros cresceu 5,48% nos últimos quatro anos, aponta FGV

Além disso, o estudo ainda revela que a miséria nas principais metrópoles caiu 19,8% entre junho de 2002 e junho deste ano

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Entre junho de 2002 e junho de 2006, a média da renda dos brasileiros aumentou 5,48%, passando de R$ 393,47 para R$ 415,04. Os dados, do estudo “Redistribuição à Brasileira: Ingredientes Trabalhistas”, foram divulgados nesta terça-feira (22) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

BH teve o maior aumento

A região metropolitana de Belo Horizonte foi a que apresentou o maior aumento nos últimos quatro anos, de 22,46%. No período, a média de renda do trabalho passou de R$ 320,55 em junho de 2002 para R$ 392,56 no sexto mês deste ano.

Recife veio em seguida, com 9,85% de aumento, sendo que a renda passou de R$ 242,74 para R$ 266,64 no período analisado. A região metropolitana de São Paulo apresentou 8% de aumento (de R$ 465,91 para R$ 503,16) e a de Salvador, 3,36% (de R$ 286,40 para R$ 296,02).

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As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, por sua vez, tiveram queda na média de renda do trabalho nos últimos quatro anos: de 1,08% e 7,23%, respectivamente. Os valores passaram de R$ 371,81 para R$ 367,78 no Rio e de R$ 424,31 para R$ 393,65 em POA.

Miséria caiu 19,8% em quatro anos

Considerando o período de junho de 2002 a junho de 2006, o estudo revela que a miséria da população das seis regiões metropolitanas, baseada em renda do trabalho, caiu 19,8%, uma vez que a taxa passou de 23,16% para 18,57%.

E Belo Horizonte foi novamente a região a apresentar o melhor resultado: sua taxa de miséria diminuiu 37,69%. O Rio de Janeiro veio em seguida, com 26,06% de queda. Salvador, Recife, São Paulo e Porto Alegre também apresentaram diminuição da miséria, de 20,28%, 12,94%, 12,66% e 5,63%, respectivamente.

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Apesar de ter apresentado uma das menores quedas da taxa de miséria, a região metropolitana de São Paulo registrou o menor percentual em junho de 2006 (15,58%), seguida de BH (16,22%), POA (18,70%), RJ (20,33%), Salvador (21,04%) e Recife (29,48%).

Participação dos mais pobres cresceu

Na análise dos três grupos de renda da população brasileira, percebe-se que a participação dos mais pobres cresceu: a metade da população que respondia por 9,95% do total da renda do País em junho de 2002 passou a responder por 12,20%.

Por outro lado, os 10% mais ricos, que respondiam por 50,2% da renda nacional no sexto mês de 2002, passaram a responder por 46,89% em junho deste ano. Os outros 40%, a chamada “classe média”, passou de 39,78% de participação para 40,91%.