Renda do trabalho dos negros aumenta, mas ainda é inferior à dos não-negros

Entre 2004 e 2008, houve alta de 6,1% nos rendimentos dos negros, com uma média real por hora de R$ 4,62

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Embora os rendimentos dos negros tenha aumentado entre 2004 e 2008, eles ainda recebem menos do que os não-negros, revelou uma pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

De acordo com os dados, o rendimento médio real por hora no trabalho principal dos negros foi de R$ 4,62 entre 2004 e 2008, enquanto entre os não-negros foi de R$ 8,21. No período analisado, houve estabilidade nos ganhos do trabalho dos não-negros (0,1%) e aumento entre os negros (6,1%).

Desta forma, o rendimento dos negros em relação ao dos não-negros passou de 53,1% em 2004 para 56,3% em 2008.

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Diferenças
“Além do fato de as jornadas de trabalho serem normalmente mais extensas, os negros encontram-se em maior proporção em ocupações mais frágeis, seja pela forma de contratação, seja pela inserção em postos de baixa qualificação. Estas são as razões mais evidentes para as diferenças de rendimentos entre negros e não-negros”, diz a pesquisa.

De modo geral, o desempenho do rendimento dos negros nos setores de atividade foi melhor que o dos não-negros, com exceção da Construção Civil, com alta de 15% no rendimento dos negros e de 17,1% nos não-negros.

No grupo ocupacional de maior rendimento – gerência, direção e planejamento -, os negros detinham 49,9% da remuneração dos não-negros, diferença que diminuiu entre os que realizavam tarefas de execução (72%) e de apoio (78%).

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Quando analisado o grau de escolaridade, o rendimento dos negros correspondia a 72,7% dos não-negros com Ensino Superior completo, em 2004, e passou a 62,7% no ano passado.