Renda do trabalhador brasileiro cai 0,7% em julho, aponta IBGE

O rendimento médio passou de R$ 1.035,58 para R$ 1.028,50. Já no confronto com julho de 2005, houve alta de 3,4%

Patricia Alves

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SÃO PAULO – O rendimento médio real do trabalhador brasileiro recuou 0,7% no mês de julho, na comparação com junho, passando para R$ 1.028,50. No entanto, no confronto com o mesmo mês de 2005, os números tiveram variação positiva, de 3,4%.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (24), fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas seis principais regiões metropolitanas do País: São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Renda por região

Frente a junho, houve recuperação na renda em Salvador (6%), Belo Horizonte (0,4%) e Porto Alegre (1,7%). Em Recife (-5%) e São Paulo (-2%) foram registradas variações negativas, enquanto Rio de Janeiro manteve estabilidade.

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Já na comparação de 12 meses, o salário médio da população ocupada cresceu em todas as regiões pesquisadas: Recife (2,3%), São Paulo (2,8%), Salvador (6,7%), Rio de Janeiro (5,4%), Porto Alegre (3,6%) e Belo Horizonte (3,3%).

Renda de autônomos e formais

Na comparação entre junho e julho, o rendimento médio das pessoas que trabalhavam por conta própria caiu 1,1%, chegando a R$ 800,60. No confronto com julho de 2005, a variação foi positiva em 2,4%.

Os empregados do setor privado sem registro em carteira tiveram uma alta de 0,9% no rendimento mensal no sétimo mês do ano, na comparação com junho, sendo que sua remuneração média passou para R$ 681. Frente ao mesmo mês de 2005, houve uma recuperação de 5,3%.

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Já para quem trabalhava no setor privado com carteira assinada, os rendimentos recuaram 0,2% em julho na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 1.044,90. Frente ao mesmo período de 2005, foi registrada recuperação de 3,9%.

Renda por atividade econômica

No que se refere aos grupamentos de atividade, o segmento de serviços domésticos apresentou estabilidade em comparação a junho.

Em julho, houve alta, apenas, para os funcionários de outros serviços, setor que inclui alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais. A categoria teve alta de 1,8% no rendimento, chegando a R$ 928,50.

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Já os rendimentos das pessoas que trabalham com comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-0,3%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-0,8%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (-0,5%); indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,8%), caíram no período analisado. Mas a maior queda ficou com o setor da construção, no qual os rendimentos baixaram 4,4% de junho a julho.

No confronto anual, comércio e serviços prestados à empresa registraram queda nos rendimentos, de 2,3% e 1%, respectivamente.

Os demais segmentos tiveram reajuste positivo, com destaque para serviços domésticos, que subiu 8,4%.
Na seqüência, vieram construção (6,1%), educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (5,9%), Indústria Extrativa de Transformação e Distribuição de eletricidade, gás e água (4,6%) e outros serviços (2,6%).