Renda do brasileiro deve crescer a uma taxa de 6% ao ano até 2015

MB Associados ainda conta com uma distribuição de renda mais equilibrada para os próximos anos

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A renda dos brasileiros deve crescer a uma média de 6% ao ano até 2015, revelou relatório da MB Associados.

De acordo com os dados, que fazem parte de relatório quinzenal da consultoria, o crescimento da renda se manterá positivo nos próximos anos, apesar da expectativa de desaceleração em 2011, devido ao início de retomada de aumento da taxa Selic.

Para os próximos anos, ainda é esperada uma distribuição de renda mais equilibrada entre as classes baixa, média e alta. Até então, os fortes reajustes do salário mínimo e o Bolsa Família fizeram com que a massa de rendimentos das classes mais baixas crescesse mais rápido.

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Classes sociais

Com a expectativa de crescimento da economia nos próximos anos, diminui-se a dependência do trabalhador ao salário mínimo e a programas sociais, o que deve fazer com que a classe média se destaque nos próximos anos em aumento da renda.

Os dados mostram que a massa real de renda das classes D e E (até três salários mínimos) deve passar de R$ 87,5 bilhões entre 2003 e 2008 para R$ 37 bilhões entre 2009 e 2015.

Na classe C (de três a dez salários mínimos), a massa de renda deve passar de R$ 65,8 bilhões para R$ 46,8 bilhões no mesmo período, enquanto na classe A (acima de dez salários mínimos) deve saltar de R$ 10,8 bilhões para R$ 33,7 bilhões.

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“O pulo da classe baixa para a classe média se dá com expansão natural da economia. Mas o pulo da classe média para a classe alta é mais difícil, pois depende de um nível educacional melhor”, diz o relatório.

A evolução do capital humano no País, explica o relatório, tem se dado mais pela maior oferta de trabalho qualificado do que pela produtividade do trabalhador. Para dar um pulo à classe mais alta, a produtividade deve subir também.