Remuneração: você tem sido justo com seus funcionários?

Profissionais de hoje são movidos a desafios e realização profissional; remuneração por competências é tendência no mercado

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Não há dúvida de que o capital humano é o maior bem que a sua empresa possui. Afinal, o sucesso do seu negócio é fruto do esforço conjunto da sua equipe de profissionais.

E é claro que, para manter este espírito de equipe e fazer com que seus funcionários se sintam cada vez mais motivados para trazer bons resultados à empresa, o reconhecimento através de uma boa remuneração é um ponto que merece muita atenção de sua parte.

Você remunera bem os seus funcionários?

Em primeiro lugar, é preciso saber que existe no mercado uma série de sistemas de remuneração, e aqui vamos tratar daquelas que mais motivam os funcionários: a remuneração por competências.

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A constatação é da consultoria Delloite, que realizou pesquisa com 143 empresas instaladas no País e chegou à conclusão de que o modelo ainda é pouco difundido no Brasil. Já na Europa e nos Estados Unidos esta é a forma mais utilizada pelas empresas, de acordo com a pesquisa. A maioria das corporações, ou seja, 82% das entrevistadas, disse que ainda remuneram seus profissionais pelo PCS (Plano de Cargos e Salários). Talvez você não esteja tão familiarizado com o assunto, de forma que explicaremos com mais detalhes cada sistema.

PCS versus remuneração por competências

Remunerar pelo PCS significa estabelecer equilíbrio interno e externo. Como? Dentro da empresa, ao estabelecer salários compatíveis com cada função, cria-se um sentimento de justiça, isto é, cada um está ganhando o que merece por existir parâmetros para isto. No ambiente externo, o equilíbrio acontece quando a empresa adequa seus salários aos praticados pelo mercado.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Vicente Picarelli, a hierarquia na definição dos salários pode levar à insatisfação pessoal, com o funcionário desmotivado por acreditar que só passará a receber mais se for promovido, ainda que, ao longo do tempo, tenha agregado cada vez mais valor para a empresa pela sua competência.

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E por falar em competência, é através da remuneração baseada neste critério que se tem percebido maior motivação entre os funcionários. Já se tornou consenso entre os profissionais de Recursos Humanos que o fator salário já não o mais importante para reter talentos em uma empresa. Desafios, realização profissional e possibilidade de enriquecer a carreira são os maiores atrativos no mercado de trabalho atual.

Quando se fala em competência, refere-se a tudo que envolve conhecimento, habilidade e atitude. Portanto, no momento de fazer a avaliação do seu funcionário para reajustar o seu salário, é nestas variáveis que você deve se concentrar. Além disso, nem sempre é necessário promover exatamente o seu empregado para lhe garantir uma remuneração melhor. Ele pode receber tanto quanto se tivesse sido promovido, apenas desempenhando atividades que lhe permitam fazer jus à remuneração maior através da avaliação de suas habilidades gerenciais e resultados alcançados.

Empresas começam a repensar o assunto

Pela pesquisa da consultoria, 6% dos entrevistados disseram que usam este tipo de remuneração em suas empresas, outros 12% disseram ter um formato misto de remuneração baseada em competências e no PCS. Este tipo de remuneração vem sendo estudado ainda por 61% das empresas entrevistadas, o que, para Picarelli, é um sinal positivo no sentido de que as empresas começam a pensar em planos mais eficazes de retenção de talentos, mantendo a competitividade no mercado.