Relações Internacionais: negociação e entendimento das diferentes realidades

Manter-se atualizado é fundamental; em contato com diferentes realidades, precisa saber bem como negociar

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Como o próprio nome sugere, estar atento aos principais acontecimentos mundiais é uma exigência para quem pretende seguir Relações Internacionais. Afinal, cabe a este profissional lidar com as diferentes realidades e costumes de cada país.

A carreira do RI (como é conhecido o graduado nesta área) tem avançado no Brasil, principalmente nas atividades comerciais, em razão da política econômica adotada no País. Entretanto, o papel deste profissional não se resume apenas nas relações bilaterais de comércio exterior, e isto precisa ficar bem claro.

Atuação ampla e em fase de expansão

Pensando na globalização, fica mais fácil compreender os efeitos que determinado acontecimento em um país pode acarretar em outro. Ou seja, um conflito entre nações gera conseqüências que afetam muitos outros povos.

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Portanto, o RI soluciona problemas comerciais, étnicos e políticos. Sua principal ferramenta de trabalho é a informação, e o conhecimento de pelo menos uma língua estrangeira torna-se fundamental.

Por estar envolvido também nas relações de importação e exportação de produtos, cabe a este profissional estar a par de toda a legislação envolvida, com o objetivo de garantir um bom relacionamento entre países, estendendo-o ainda à cooperação técnica, isto é, à troca de conhecimentos e tecnologias entre nações.

A carreira não deve ser confundida, entretanto, com a diplomacia (exercida por profissional do Estado) ou o comércio exterior (relações comerciais). Por envolver outros aspectos, o campo de atuação do RI é mais amplo, já que abrange negociações comerciais e políticas, legislação e relacionamento entre empresas, organizações não governamentais e órgãos públicos de diferentes localidades.

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Será que você leva jeito?

Aos interessados pela carreira, aqui vão algumas características que compõem o perfil do profissional. Será que você se enquadra?

Manter-se constantemente atualizado é o pré-requisito mais importante. Como estará em contato com representantes de diferentes realidades, torna-se necessário dominar técnicas de negociação e diálogo, ter boa argumentação e ser convincente ao expor suas idéias.

O profissional precisa estar atento às mudanças da política mundial e suas conseqüências em relação aos direitos humanos, meio ambiente, tecnologia, conflitos étnicos, entre tantos outros aspectos. É recomendável também a disponibilidade para viajar ao exterior, isso sem falar na língua estrangeira.

Onde trabalhar?

A área de Relações Internacionais tem registrado crescimento, em função da política econômica adotada no País nos últimos tempos e do avanço tecnológico, que permite acordos de cooperação entre empresas. O profissional pode se colocar tanto na área pública quanto privada, além do terceiro setor, com as ONG’s (Organizações não Governamentais), que tem se expandido no País e oferecido boas oportunidades de trabalho. Pode atuar também em consultorias.

Dentro das empresas, sobretudo as de maior porte, o RI tem conseguido espaço em virtude de sua formação abrangente, voltada à realidade política, com ótimos conhecimentos de economia e tendências mundiais. Seu espaço é garantido em companhias que têm como objetivo a internacionalização de suas operações, ou seja: querem espaço no mercado externo e precisam se preparar bem para isto.

Uma outra área que tem se destacado é a de análise da conjuntura internacional, tanto para veículos de comunicação quanto outras instituições.

Sobre a faculdade

O curso de Relações Internacionais dura, em média, quatro anos. Entre as disciplinas, o aluno terá contato com as áreas de Ciência Política, Economia, Direito e História.

Uma curiosidade: o curso de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) foi o primeiro criado na América Latina, em 1974. Já hoje, existem no País mais de 60 cursos desta área.

A faculdade foi também a pioneira na implantação da empresa júnior Domani, que atua desde 1995 e até 1999 foi a única do tipo no Brasil. Oferece serviços idênticos ao do mercado, porém não tem fins lucrativos e cobra de seus clientes preços bem mais baixos.

Na empresa júnior, os alunos têm a oportunidade de colocar seus conhecimentos em prática, atuando em diferentes tipos de consultoria: assessoria em comércio exterior; análises conjunturais; análise de política internacional e exterior; consultoria em cooperação internacional; preparação técnica e recepção de missões empresariais, entre outros.