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SÃO PAULO – Futebol, Carnaval, praia, diversão… É claro que tudo isso forma a imagem do Brasil para os estrangeiros, mas nos últimos anos o País tem se destacado no mundo dos negócios e, como consequência disso, passou a ser exportador de profissionais, principalmente em áreas que são referências, como publicidade e propaganda e finanças.
De acordo com o gerente da Robert Half, Fabio Saad, existem sim profissionais sendo chamados para trabalhar no exterior.
Existem alguns caminhos mais comuns para que isso aconteça. Em um deles, o profissional se destaca dentro de uma multinacional e é convidado a atuar na sede ou em outras filiais. No outro, a empresa em que ele atua decide abrir filial em outro país e ele é escolhido para ajudar. Além disso, ele pode fazer um MBA (Master Business Administration) no exterior, ingressar em um estágio e ser efetivado. “Agora, mandar currículo e ser chamado é mais difícil”, explicou.
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Não é impossível
Mas não é impossível ser chamado simplesmente por se destacar no Brasil. Segundo o presidente da ABP (Associação Brasileira de Propaganda), Cyd Alvarez, profissionais digitais, mesmo não estando ligados a uma multinacional, têm sido chamados a trabalhar fora do Brasil, tendo em vista que a área de propaganda no Brasil é considerada uma das melhores no mundo em criatividade, qualidade e na forma de produzir.
“Ela é uma atividade absolutamente ligada à qualidade do profissional. A performance da agência está ligada à do profissional”, destacou, dizendo que as grandes agências multinacionais estão no Brasil e levam publicitários para fora, não só na área de criação, mas na de planejamento estratégico e na digital.
E por que as empresas olham o Brasil? A resposta de Alvarez é que o modelo de propaganda do País é “virtuoso”: a empresa cliente valoriza a propaganda porque vende mais e a remunera bem; a agência investe na qualificação dos profissionais; e os veículos têm uma alta qualidade na divulgação das propagandas.
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De acordo com o presidente da ABP, esta é uma área de muito trabalho, ou de “inspiração e transpiração”, o que é cada vez mais cobrado quando se percebe a competição no mercado e que cada vez mais existem novos profissionais ingressando. É por isso que a experiência internacional, em sua opinião, é importante, o que garante mais bagagem e a remuneração aumenta.
“As faculdades ajudam muito na formação, no olhar, mas a experiência tem um peso maior”, explicou.
Ficar ou partir?
Nos últimos anos, o fluxo de brasileiros foi em busca de oportunidades fora do Brasil, principalmente daqueles de níveis gerenciais ou maiores. Porém, de acordo com Saad, a tendência é de que eles voltem ao País por conta do desenvolvimento econômico.
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“A crise afetou globalmente o mercado de trabalho. Houve redução de emprego lá fora e aqui. No fluxo pós-crise, a tendência é contrária: de voltar para o Brasil, com oportunidade de emprego. No mercado financeiro, profissionais em Londres e EUA estão querendo voltar e estrangeiros querendo vir para o Brasil”, afirmou Saad.
Ele afirmou que este é um bom momento para fazer carreira no País, principalmente porque a diferença em salário não é sentida a ponto de isso pesar na decisão. “Pode haver diferença em qualidade de vida. A decisão está muito mais ligada à satisfação profissional do que ao salário”.