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SÃO PAULO – Mercantilização do ensino jurídico e desinteresse dos alunos são os principais motivos da reprovação da maioria dos bacharéis em Direito que se submetem ao exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Segundo dados da Cespe, o órgão responsável pela prova, apenas cerca de 19% dos candidatos conseguem ser aprovados.
Na opinião do professor Luiz Flávio Gomes, a mudança desta realidade depende não somente da OAB e do MEC, mas também dos professores, das faculdades e dos próprios estudantes de Direito. “É chegada a hora de assumir nossas responsabilidades, de somar forças para formar um círculo virtuoso. Esse nos parece o caminho correto”, afirmou ele.
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Projeto OAB
Com base nisso, a rede de Ensino LFG criou o Projeto OAB, cujo mote é a atualização legislativa dos alunos que cursam o último semestre do curso. Até o final de setembro, 60 faculdade já haviam confirmado a inclusão no projeto.
“Cabe ponderar o seguinte: as grades curriculares das faculdades de Direito são praticamente todas programadas para ensinar o conteúdo demarcado em dez semestres. O erro está em não programar o último semestre para uma revisão geral de tudo que foi ministrado ao longo do curso”, explica Gomes.
“Durante os primeiros nove semestres do curso, muitas leis são ensinadas. Ocorre que, no Brasil, as leis mudam todo dia! De 1988 a 2009, foram mais de 3 milhões de normas novas. Como esperar bons resultados no exame da OAB e no ENADE se o aluno não foi devidamente atualizado?”, questiona.
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Para o educador, o décimo período da faculdade é oportuno para atualização, recordação e aquisição de técnicas específicas aplicadas no exame da OAB e no ENADE.