Publicidade
SÃO PAULO – A recuperação da taxa de emprego no Brasil ainda deve demorar, segundo dados divulgados na última segunda-feira (7) pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
De acordo com a entidade, a recuperação seria pouco viável, por ser esperado um aumento substancial no número de pessoas que entram na idade ativa no País.
Ainda assim, é provável que o Brasil alcance os níveis pré-crise mais rápido do que a maior parte dos países emergentes, cuja recuperação está estimada para o final de 2010.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Os motivos da recuperação mais acelerada
Conforme publicado pela OIT, a recuperação do emprego aos níveis pré-crise no Brasil será mais rápida do que em outros países devido às medidas de estímulo econômico adotadas pelo governo.
A partir de um pacote integrado de política conjuntural, o governo alavancou as medidas de política existentes para reforçar o crescimento e a criação de emprego. Aliado a isso, o governo manteve a renda familiar e apoiou o consumo privado doméstico.
Para se ter uma ideia, de acordo com a OIT, o salário mínimo brasileiro cresceu 6% em termos reais, aumentando indiretamente a renda de cerca de 40% dos trabalhadores.
Continua depois da publicidade
O seguro-desemprego foi estendido para beneficiar os profissionais afetados pela crise, assim como as transferências condicionais de renda por meio de programas sociais foram reforçadas. Além disso, o governo concedeu incentivos fiscais para a compra de automóveis e outros bens duráveis, ajudando a incentivar setores como a construção civil e a indústria automobilística.
Desemprego
De acordo com levantamento da OIT, em toda a América Latina, menos de 40% dos países têm disposições em vigor para trabalhadores do setor informal, e dois terços dos países têm disposições relativas à segurança social dos trabalhadores independentes.
No Brasil, cerca de 93% dos desempregados não recebem seguro-desemprego; em países desenvolvidos este número cai para 55%.
Como consequência dos efeitos da crise generalizada no mercado de trabalho, o número de trabalhadores desencorajados a procurar emprego aumentou 14% no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009. No Brasil, novamente, tal tendência foi revertida, por conta dos estímulos governamentais.