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SÃO PAULO – Em junho deste ano, a Korn/Ferry International realizou uma pesquisa para saber o que, na opinião dos executivos, pode aumentar as chances de um recém-formado conseguir um emprego. Eles citaram o processo de entrevista como o elemento mais crítico na decisão de contratar, com 71% dos votos.
As opções “estágio anterior ou experiência de trabalho” ficaram com 21% dos votos, “reputação da escola” com 5% e “referências” com 4%.
Durante a fase de entrevista, o erro mais comum cometido pelos candidatos é de não obter informação prévia sobre o cargo e a empresa (59% das opiniões). Outros erros citados foram: se candidatar para um cargo além de suas habilidades (18%), falta de profissionalismo (12%) e o fato de enfatizar em demasia o salário e o cargo (11%).
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A pesquisa foi realizada junto a executivos de mais de 90 países, representando uma ampla variedade de indústrias e áreas funcionais.
Aumente suas chances
Segundo o gerente de comunicação do Grupo Soma, Paulo Ishimaru, o primeiro requisito para uma entrevista de emprego bem-sucedida é a apresentação de um currículo elaborado, com informações objetivas, estruturadas e que descrevam suas aptidões e experiências profissionais. Nele, as informações devem ser coerentes com as que você vai dar em um processo de entrevista.
Algumas dicas para a elaboração do currículo:
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- Faça o levantamento de todas as empresas em que você trabalhou;
- Relacione nome da companhia, data de admissão, cargo, data da demissão e motivo da saída;
- Relacione tudo o que você fazia: atividades relevantes, realizações importantes, conhecimentos aplicados, realizações reconhecidas, entre outras;
- Exclua as anotações que não são relevantes;
- Leia atentamente o que você escreveu e veja se tem uma comunicação objetiva e clara;
- Use sempre frases curtas e positivas;
- Não use papel colorido, letras coloridas nem muito grandes;
- Redija em letra tamanho entre 10 a 12, de forma a obter um currículo de, no máximo, duas folhas;
- Não use símbolos, molduras ou outra formatação com a intenção de chamar a atenção de quem vai analisar o currículo;
- Algumas pessoas dizem que o currículo deve ter a “cara do dono”. É através dele que você vai “se vender” e fazer seu “marketing pessoal”.
“Vencida essa etapa vem o processo de entrevistas, onde um conjunto de fatores pode ser decisivo para o sucesso do candidato. Se preparar para uma entrevista não requer esforços complexos, uma vez que as informações que o candidato dará são aquelas que ele já vivenciou em empregos anteriores ou durante seu processo educacional”, revela Ishimaru, para quem coerência, objetividade e sinceridade são fundamentais.
Dicas para entrevista:
- Procure pesquisar sobre a empresa em que pretende trabalhar e seu mercado de atuação, para não chegar desorientado na entrevista;
- Não chegue atrasado;
- A aparência e roupa devem estar de acordo com o cargo que você busca;
- Entrar na sala com postura reta, cabeça erguida e olhando nos olhos de quem o recebe sugere que você está confiante e seguro de suas metas;
- Sente-se corretamente, de forma confortável e que mostre auto-confiança e ânimo;
- Fale de forma clara e objetiva e evite erros grosseiros de português;
- Não minta. Não tente parecer quem não é;
- Seja coerente e consistente em suas colocações;
- Evite olhar no relógio e demonstrar pressa para fazer outra coisa. Isso pode passar a idéia de impaciência e certo desinteresse no momento presente;
- Mantenha aparelhos eletrônicos desligados, principalmente celulares;
- Para transmitir suas idéias e convicções com clareza e objetividade é importante manter contato visual. Olhar para o entrevistador ajuda a mostrar sua atenção e aceitação no diálogo com o entrevistador.
Planeje e se prepare para cada entrevista
“Planejar e ser o mais objetivo possível ajuda o candidato e o entrevistador”, garante o especialista. Por isso, o candidato deve ter em mente quais são os seus objetivos e o que o seu entrevistador quer saber. Pergunte a si mesmo: “quem eu sou?”, “o que já fiz?”, “o que meu último empregador achava de mim?” e “quais resultados atingi no meu último emprego”?
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“Em geral, os selecionadores sabem identificar as emoções do candidato. Eles sabem que a pessoa entrevistada pode, naquele momento, sentir medo, pois é um momento de transição de sua vida, principalmente quando está passando por dificuldades financeiras. Entretanto, diminuir essa ansiedade [por meio do planejamento e do preparo] ajuda o candidato a transmitir mais informações relevantes à vaga”, conclui o gerente de comunicação do Grupo Soma.